quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Ser ou não ser?

Em várias oportunidades eu já falei de um certo romantismo meu e de uma certa forma de agir que possuo. De maneira explícita na postagem Forjado de bom caráter* (clique aqui para ler). Estava pensando esses dias sobre esse romantismo e entrei em um colapso, rsrs. Explicarei o porquê.
Desde que a ideia de romantismo surgiu na literatura e na arte no século 18, o temos como uma coisa na maioria das vezes relacionadas ao amor. Culturalmente associamos atitudes tidas como “românticas” a um interesse relacional, que visa um fim, e na maioria das vezes esse é um amor mútuo, ou seja, amar e ser amado.
Eu sempre prezei por isso. Nos namoros que tive e para com as meninas que gostei. Dei chocolates, flores, presentes que agradassem ao gosto pessoal, mandei cartas e por aí vai… Mas estava eu pensando. Hoje eu faço isso com várias pessoas. Mando cartas, dou presentes e sou chamado em várias oportunidades de romântico. O problema se encontra justamente aqui. Devo admitir que eu em algumas vezes realmente fiz com certo interesse, mas também tais atitudes não foram interpretadas, pela parte oposta, como uma atitude romântica que visou a conquista, mas creio eu interpretada como gentileza. O cerne da questão é: como eu poderei demonstrar romantismo verdadeiro, sem que seja interpretado por uma gentileza, ou então, devo abrir mão deste romantismo que visa um fim e partir para um “romantismo” universal que visa somente agradar as garotas a minha volta.
Lá atrás, em uma das minhas primeiras postagens, falei sobre o amor (clique aqui para ler). Comentei sobre o livro do Goethe, e sobre o seu drástico fim. Desta vez não conseguirei não falar do Romeu que tece uma declaração maravilhosa quando vê Julieta pela primeira vez (clique aqui para ler). Quando leio isso, não consigo pensar na ideia de deixar algo tão maravilhoso assim de lado. Hoje a tarde vi o filme “O Fantasma da Ópera” com a minha irmã (versão de 2004). Tão lindo! É claro há momentos de idolatria que não concordo, mas a questão romântica é apaixonante. Outro exemplo é o livro Bíblico dos Cânticos! Que coisa maravilhosa! Com isso deixar de lado, não posso! Jamais!
Se não posso deixar de lado eu tenho que mudar então, considerando que as minhas “atitudes românticas” têm se estendido a várias pessoas. Um dia terei uma esposa (tenho esperança). Como eu a tratarei com distinção? Como eu poderei tratá-la, se o meu romantismo é comum? Não poderei também! Preciso ter algo especial para ela. Algo guardado, algo reservado, unicamente para esta que será única para mim nesta vida. É algo difícil! Prezei tanto por isso que hoje fazem parte das minhas ações comuns. E acho que esse é o meu erro. Romantismo deve vir do coração e não de uma atitude comum. Deve ser pensado, arquitetado, feito com, e em amor.
Meu esforço daqui para frente serão os seguintes: devo separar bem, gentileza de atitudes românticas; usar de gentileza quando necessário e mostrando que é gentileza; usar de romantismo quando necessário e oportuno e demonstrar que é romantismo (sim daquele que visa um fim). Aos meus amigos, eu já tenho atitudes separadas para eles, presentes e cartas. As garotas que ainda não estão classificadas, como amigas e nem como algo superior, terei que aprender a lidar, sendo apenas gentil e não romântico, a menos que eu queira que venha a ser algo maior.
Romântico, ser ou não ser? Ser! Mas não com todo mundo! ^^

"Qual o lírio entre os espinhos, tal é a minha querida entre as donzelas." Cânticos 2, 2.

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