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Minerva era a deusa da sabedoria, mas, certa vez, cometeu uma tolice: disputou um concurso de beleza com Juno e Vênus. O fato se passou da seguinte maneira: todos os deuses foram convidados para o casamento de Peleu e Tétis, com exceção de Éris, ou Discórdia. Furiosa com a sua exclusão, a deusa atirou entre os convivias um pomo de outro com a inscrição "À mais bela". Juno, Vênus e Minerva reclamaram a maçã ao mesmo tempo. Júpiter, não querendo decidir assunto tão delicado, mandou as deusas ao Monte Ida, onde o belo pastor Páris apascentava seus rebanhos, e a ele foi confiada a decisão. As deusas compareceram então diante dele. Juno prometeu-lhe poder e riqueza Minerva, glória e fama na guerra, e Vênus, a mais bela das mulheres para esposa, cada uma delas procurando influenciar a decisão a seu favor. Páris decidiu favoravelmente a Vênus e entregou-lhe o pomo de ouro, tornando, assim, suas inimigas as outras duas deusas. Sob a proteção de Vênus, Páris viajou para a Grécia e foi hospitaleiramente recebidoo por Menelau, rei de Esparta. Ora, Helena, esposa de Menelau, era, na realidade, a mulher que Vênus destinara a Páris, como a mais bela de seu sexo. Sua mão fora disputada por numerosos pretendentes, e, antes de se tornar conhecida sua decisão, todos esses pretendentes, por sugestão de Ulisses, que era um deles, prestaram juramento de que a defenderiam contra qualquer injúria e lutariam por sua causa, se necessário. Helena escolheu Menelau, e vivia feliz com ele, quando Páris se tornou hóspede do casal. Com a ajuda de Vênus, Páris convenceu-a a fugir em sua companhia e levo-a para Tróia, o que provocou a famosa guerra, assunto dos maiores poemas da Antiguidade, os de Homero e Virgílio.
Retirado de:
BULFINCH, Thomas. O livro de ouro da mitologia: histórias de deuses e heróis. Tradução de David Jardim. 34. ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006. pg 207.
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