segunda-feira, 22 de junho de 2015

O Vento




Vento que faz a poeira voar
Vai até o olho dela
E a faz chorar
Vento que assopra as folhas
Que dá árvore jazem a derramar
Vento que assopra o rio
E das crianças arranca sorrisos

Vida feliz que tive
Perdi sem ao menos ter escolha
Vivo buscando o sentido
Que faça a minha vida boa
Tenho esperança nisto
Sabendo que um dia irei achar
Enquanto este dia não chega
Vou vivendo deixando vento me levar.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Princípio

        Estive pensando um dia desses... O que será princípio. Digo isso, pois sempre que estou comentando sobre o assunto com alguém esse questionamento vem a minha mente, porém ultimamente ganhou mais espaço, e há tempos que eu queria escrever sobre.
        Isso tudo começa com os princípios que eu sempre tive. Vamos considerar inicialmente este, "sempre", mas já iremos questioná-lo. Desde criança eu nunca gostei de ficar com garotas. Antes que você se assuste digo qual o sentido do ficar. Comigo sempre foi assim: ou namora ou nada. Então todas as garotas que gostei na vida, para mim a única possibilidade existente era a de namoro, esse beijar na boca de forma casual para mim, nunca existiu. É claro que devido a algumas influências e falta de maturidade algum pequeno período da adolescência eu busquei isso, mas vi que não resolvia meu problema com carência e autoestima. Outra coisa que "sempre" tive comigo foi a questão de ter relação sexual somente após o casamento. Um deslize certa vez quase impediu isso, mas até hoje permaneço firme nisto. Como hoje sou cristão o sentido religioso é o que prevalece. Mas ainda que não estivesse na igreja, continuaria com este princípio.
        Mas aí que vem! O que será esse princípio? Não quero aqui tratar sobre o princípio de todas as coisas, mas digo desta coisa que temos conosco cujo qual mantemos e guardamos com tanta seriedade e firmeza. Vejo muito quando as pessoas falam: "Olha os modos desta pessoa! Pelo jeito não tem princípios!". Mas será que esses princípios podem ser passados? Podem ser ensinados? Se pudessem como poderia haver uma pessoa sem princípios. Como um bom pai poderia ter um mau filho, ou vice-versa? Então aqui já digo que os princípios podem ser passados sim, mas cabe à pessoa segui-los ou não.
       Não resolvemos o problema ainda... Vejo que não podemos dizer que "sempre" tivemos este ou aquele princípio. Sempre diria desde que passei a ter vida. Mas aí que está. Minha consciência não trabalha desta forma a fim de que eu tenha princípios desde o nascimento. Até onde sei há coisas que podem acontecer desde o nosso nascimento, que podem acarretar em outras na vida inteira da pessoa. Só que daí não podemos dizer que tínhamos desde sempre. E outra! Se princípio fosse apenas aquilo que existe conosco desde que nascemos, não poderíamos ter novos princípios. Com isso nasceríamos com uma série de princípios e pronto. Nunca mais na vida ganharíamos ou perderíamos nenhum deles. Então dizer que princípios é aquilo que está desde que nascemos conosco também não é uma boa coisa.
       Como foi dito acima. Cabe à pessoa seguir ou não os princípios que lhe foram passados ou ensinados. Então vejo que princípio não é algo que existe conosco desde "sempre", mas sim algo que escolhemos colocar como prioridade em nossas vidas, para que possam servir de base para a nossa vivência e convivência tanto em sociedade como individualmente. Quando eu falei que não iria beijar casualmente nenhuma garota, que iria apenas namorar, é porque eu vi que para mim isto não valeria a pena, pois quando eu precisasse de alguém do meu lado, um beijo casual não seria a melhor opção. Quando disse a que só me relacionaria sexualmente depois do casamento, vi que como para mim, era o que de mais íntimo existia, não conseguiria fazer isso com várias pessoas em minha vida, com isso para ser uma única, apenas se fosse minha esposa.
        Desta forma vejo que não apenas a estipulação, mas também o permanecer seguindo este princípio cabe a nós mesmos. Porém isso também sobre influência da nossa sociedade, da nossa religião, da nossa tradição e por aí vai... Como cristão que sou creio que Deus preserva em nossas vidas uma série de princípios, porém temos que permanecer firmes para continuar seguindo os mesmos. Mesmo que não fale de crença, digo que ainda sim, para permanecer nos seus princípios só precisa disto, ser forte! Falando por mim... Esta eu força busco em Deus.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Nascido para ser único

 Me lembrava de uma conversa que há muito tempo estava tendo com dois amigos meus. O Matheus e a Lidiane (por mais que eu e a Lidi não esteja conversando, continuarei chamando-a de amiga), falávamos sobre a seguinte pergunta que foi feita pela Lidi: “Você se considera substituível?”. A minha resposta e a do Matheus foi a mesma. “Não!!! Não somos substituíveis, pois somos únicos!”
Que maravilha é isto!!! Ter essa plena certeza! Eu sou único. Por quê? É simples, e isto não é uma questão de egocentrismo ou autoestima alta, mas sim uma questão de lógica. Há muitos Guilherme(s) no mundo! Há muitos Matheus(s)! Um monte de Warley(s) e de Letícia(s). Mas o que nos difere? O faz com que cada um seja único?
Primeiramente uma questão básica: A aparência. Com certeza há Guilherme(s) que gostam de Funk e que se vestem como tal (até mesmo o conhecidíssimo Mc Gui). Vários que tem o cabelo liso, outros com cabelos crespos, com narizes grandes ou pequenos, sendo num todo bonitos ou feios. Nenhum Guilherme é parecido. Mesmo sendo Gêmeos (levando em conta que dificilmente teriam o mesmo nome), ainda seriam diferentes! Mas e aí? O que mais? O que nos difere?
Segunda coisa: as experiências de vida. Mesmo sendo irmãos as experiências são completamente diferentes. E isto faz uma grande diferença, pois influência diretamente no sujeito. Em seu caráter, sua ética, seu modo de tratar determinados assuntos ou situações, modo de pensar, agir e etc. Muitos Guilherme(s) existem, mas nenhum com a mesma vivência que eu. Mas supondo que de forma absurda, mesmo em outro ambiente, com outras pessoas, haja um que tenha vivido situações parecidas. O que nos difere?
Terceira coisa: gosto. Há provavelmente semelhanças entre mim e outros, mas nenhum gosta simultaneamente das mesmas coisas que eu. Sou cristão, gosto de rock, folk e música clássica, gosto de animes, gosto de Star Wars, faço aula de violão e violino, sei um pouco de teclado e Cajon, gosto de ler, escrever e desenhar, amo batata, Guarapan e Sprite (apesar de que devido à gastrite não posso mais beber nenhum refrigerante, foram substituídos por suco de Uva, que é uma das melhores coisas deste mundo). Talvez possa ter alguém que tenha esses gostos em comum, mas nunca todos ao mesmo tempo. Imagina se houver um Guilherme que tenha estes mesmos gostos, o que iria nos diferir?
 Quarta e última coisa: a alma. Isto não há como ser igual. Em nada! Eu poderia usar aqui vários pensadores e filósofos, devido à formação que estou buscando (como provavelmente você tenha lido na descrição), mas posso dizer pelo que creio (também como escrito na descrição). O fato que Deus criou a todos nós! Nossas almas individualmente e depois pela sua graça fez com que viéssemos a ter vida neste corpo. E cada um Ele fez. Tenho como base a visão que o homem é dicotomo, ou seja, é composto por uma alma e por um corpo e também que alma é colocada no ato da fecundação. Assim como diz em Gênesis 2.7: “Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente”. Desta forma creio.
 Então dando apenas um tom mais “intelectual” a uma simples resposta, de jovens do Ensino Médio. Temos almas distintas, e com isso somos necessariamente únicos. A semelhança que há nisto é que todos nós somos criados por Deus!
 Depois de ler isto, espero que não tenha medo de estufar o peito e dizer: “EU SOU ÚNICO!”.