terça-feira, 29 de agosto de 2017

Silêncio

Não tenho forças em minhas mãos
O meu olhar ficou turvo e vão
Vivo procurando respostas,
Mas até agora, escuridão

Minha força nada pode fazer,
Fujo de mim mesmo, para ver
Há muitas coisas que preciso entender
Uma certeza tenho, preciso crer

Inescrutáveis são os teus caminhos,
Por mais que grito, não entendo o sentido
Aqui eu vivo e a Ti canto
E no Teu silêncio, encontro descanso

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Folha seca


Ando vagueando,
Como cego vou tateando
Uma pobre folha seca,
sendo levada pelo vento,
sabe melhor para onde anda.

Meus olhos vivem turvos,
Os fracos braços não se erguem,
As algemas ainda me prendem
E os ouvidos...
Continuam surdos.

Pedras que um dia chutei para longe
Hoje no meu caminho são como um monte
Antes tinha em mim ruas,
Hoje porém alamedas,
Erros plantados, árvores por mim cultivadas.

A fonte é achada
Tudo vem do coração de pedra
Livre do jugo que pesava
O deserto agora é a nova estrada.
O que muda agora?

Da escravidão fui liberto,
fui para um deserto,
mas mudou, Lhe tenho aqui comigo
De mim, devo me ver livre

Pois vivo a olhar para trás
Para quem não sou mais,
Vivo e novo sou,
afinal Ele me libertou
Não mais procuro a luz,
aqui comigo está e o meu caminho conduz

Não me descuido com o leão que anda em derredor
Mas contra mim também sou lutador
Na guerra contra a carne só o Espírito
Pode sair vencedor!

Os meu olhos se abriram
E o caminho clareou
Morto não mais estou
Recebi vida do único EU SOU!