quinta-feira, 19 de março de 2015

Árvore seca também brota!

                 Estava hoje conversando com uma colega de trabalho e uma aluna. Falamos sobre algumas coisas. Em dado momento falei com elas sobre um costume que eu tenho. Essa colega de trabalho estava sentada na escada de cabeça baixa. Eu pensei que ela estivesse triste ou passando mal. Fui lá e dei um leve toque em seu braço direito, e sai correndo. Não deu tempo de esconder. Ela ergueu a cabeça e me viu na minha investida falha de fugir. Conversamos um pouco até que esta aluna chegou. Ela me questionou se eu ainda não tinha ido almoçar (pois já tinha mais ou menos meia hora que eu estava falando que ia almoçar, e ainda não tinha ido). Falei que não e expliquei para ela que não consigo ver pessoas tristes, e aí eu tinha ido mexer com a Juliana. Aí disse que eu sempre faço isso, pois normalmente quando estou triste, não tentam me animar muito e eu sei o quanto isso é ruim, então por isso que eu sempre tento alegrar quem não está aparentemente alegre.
                Pensei… O que seria então a felicidade? É algo tão simples, e que tem um significado sentimental tão grande. Não me arrisco a tentar dar uma definição geral. Vários filósofos já tiveram suas definições, que cabem - pelo menos na sua grande maioria - em um âmbito universal. Mas pensarei aqui de uma outra forma. Já tive vários debates com as pessoas sobre este breve pensamento: ”É possível fazer os outros felizes estando triste?”. Na época muitos diziam que não.
                Muitos responderam não, porém para mim é o exato contrário. Me arrisco até a dizer que a minha felicidade depende da felicidade que eu causo nos outros. Busco e gosto muito de ajudar, gosto de dar presentes. É muito barato dar algo que deixe a pessoa feliz. Seja uma caixa de Bis (aproximadamente R$ 3,00), ou um Patins (aproximadamente R$ 200,00). Já falei isso com alguém que muito estimo, no momento em que ela disse que não queria ganhar presente de aniversário, mas repito aqui: “Neste mundo em que vivemos, tão conturbado, um presente é uma forma muito barata de deixar alguém feliz!”. Quando eu não dou uma boa aula, eu fico triste, principalmente quando vejo os alunos desanimados ou entediados.
                Então concluo, pelo menos de forma pessoal, que é sim possível fazer os outros felizes mesmo estando tristes. Eu para curar a minha tristeza, busco causar alegria. Comigo funciona, e penso que se mais pessoas tentassem também, teríamos várias árvores secas que poderiam, quem sabe, gerar brotos capazes de florescer.

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