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Hoje no meu trabalho tivemos uma reunião bastante longa. Tivemos uma mudança na liderança da empresa, então de certa forma dá uma renovada nos ânimos e tudo mais. Em dado momento depois da reunião estávamos conversando e chegamos ao ponto da esperança. Disseram aquela "Agora vai!" e eu disse que sempre acreditei antes e que agora acredito ainda mais. Aquilo que eu falei lá e pensei depois do ocorrido me deixou com uma vontade enorme de escrever.
Na minha vida, várias pessoas se assustaram comigo devido ao meu "excesso" de esperança. Sempre acreditei que as coisas darão certo. Tento ver o melhor das coisas. Ver aquele cogumelo que nasce em meio às folhas secas. Agradeço bastante a Deus, pois há muito tempo tenho pensado assim. Em determinados momentos na adolescência eu sempre me preocupava em estar preparado para o "Não!", mas por mais difícil que possa ser de entender, eu sempre tive muita esperança nas coisas.
O Silas Campos em seu livro "A fé que agrada a Deus"1 fala de uma dimensão interessante. Faz uma diferença da "Fé Salvadora" e da "Fé não salvadora". Fato é que as duas vem de Deus. É certo também que apenas uma leva para a vida eterna, porém tanto uma quanto a outra são importantes para a vida aqui na terra. Ele mesmo diz que a fé é importante para todos e que "o tempo todo o ateu, assim como o cristão, exerce fé" (pos. 183). Essa fé é a confiança que se têm ao pegar um ônibus acreditante que ele chegará no lugar que pretende ir; você entra em um prédio acreditando no engenheiro e naqueles que lá trabalharam, para ele não cair. Todos esses são exemplos que ele dá e que são bem verdadeiros.
Essa fé não é salvadora, mas realmente é importante para a nossa vida. Hoje eu falei que se eu não acreditasse que as coisas fossem dar certo eu não acordaria cedo. Eu preciso acreditar! O que me motivaria levantar cedo, pegar ônibus lotado, trabalhar o dia inteiro, ir para a faculdade, se no fundo eu não acreditasse que as coisas fossem dar certo? E ainda mais para mim que sou cristão. Estou longe, MUITO longe do grão de mostarda (Lucas 17, 6), mas pelo menos eu posso dizer: acordo cedo pensando que tudo dará certo!
Levanto e vou trabalhar. O que me faz fazer esse esforço? Saber que há um Deus que me deu a benção do trabalho cujo qual devo glorificar o seu nome cumprindo as minhas funções lá na empresa. Outra coisa é pensar que estou trabalhando para alimentar meus filhos (não ainda não tenho, nem namorada ainda, mas se eu não pensar no bem estar e no pão deles agora, para quê fazer tanto esforço para trabalhar e estudar?). Se eu não tivesse uma firme esperança dessas coisas sinceramente nem levantaria. Aliás, nem sairia de casa, nem acreditaria que sobreviveria ao sair do portão.
Então o que fazer para ter esperança? Saber que as coisas não dependem apenas de você! Se dependesse [unicamente de ti] provavelmente daria errado mesmo. Temos nossas ações, mas a confiança está em Deus. Quando colocamos a nossa esperança n'Ele, não há prazo para pensarmos na possibilidade de dar errado. Sem fé em Deus acho difícil crer que as coisas darão certo. Logo, penso eu, que falta de esperança na verdade é falta de conhecimento de Deus. O Silas Campos disse também que "O cristão, pela fé, sabe que ele não é um andarilho existencial, vagando, vítima do acaso e da sorte." (pos. 277-278).
Não devemos jamais colocarmos fardos pesados sobre nossos ombros. Vivamos tranquilos tendo esperança no Único que é capaz de a dar.
"Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem." Hebreus 11, 1.