quarta-feira, 29 de abril de 2015

Provocação


Érh!!! Triste!
Você tinha que ir embora sem ouvir a minha resposta?
Era um dos grandes sonhos na vida.
Poder olhar nos seus olhos e ouvir a pergunta: "Guilherme o que é a vida?"
Eu responderia o que eu já tenho planejado a tempos, aí você novamente olharia e diria: "Guilherme o que é a vida?", aí eu na hora daria uma resposta que me obrigaria um pensamento rápido e profundo. Depois você diria para que me levantar e dar lhe um abraço, que é a única parte falsa daquele programam, e uma foto que eu guardaria até o último dia de minha vida.

Agora o jeito é lhe responder o que foi a vida, meu caro Antônio Abujamra.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Poder



Bom era o tempo que eu podia fazer o que quisesse,
podia voar,
podia matar dragões,
podia lançar poderes e magias,
tinha aventuras e salvava o mundo todos dias,
eu era poderoso e não sabia

Gostaria de retomar o meu poder,
para feliz novamente ser,
o segredo eu claramente vi,
a minha volta reparei e descobri,
poder este é o de acreditar,
que em toda criança há

Quando pequeno em mim havia,
e eu nunca pensei que um dia ele sumiria,
poder que um dia eu vivi,
e acabou sumindo depois que cresci.

domingo, 19 de abril de 2015

Mudando de Visão

Bom assisti recentemente á uma série de reportagens que me fizeram pensar em algumas coisas. E hoje depois de uma conversa com alguns amigos depois do culto mostrando essas reflexões decidi escrever. Primeiro uma contextualização.
Eu na adolescência acabei indo morar com a minha mãe (motivos e tudo que ronda esta história poderá ser explicado em um outro momento). Por influência do bairro e das pessoas, eu acabei caminhando pelos caminhos do Funk. Nesta época aprendi a ouvir - tirando este já citado - Freestyle, Miami, Hip Hop, Rap e outros estilos musicais. Antes disso eu só ouvia Rock. Neste período fui a bailes, boates e outros lugares. Agradeço hoje por não ter feito coisas ilícitas nestes locais, fui apenas um frequentador, então não tenho muito o que me arrepender, pelo contrário, me ajudou a amadurecer bastante. Depois disso voltei a morar com meu pai. Quando isso aconteceu eu “voltei às raízes” como dizia na época. Voltando a ouvir Rock e a começando a funk. E isto é extremamente complicado. Hoje já tenho uma maturidade musical maior, mas vamos a minha reflexão.
Devo começar por ontem, onde ouvi uma música do MC Sapão com o DJ Detona, a música chama Vou Desafiar Você. Achei bem interessante e a letra sem nada de mais. Digo isso pois, meu posicionamento para com o Funk hoje é este: O que me incomoda não é a melodia mas sim a letra. Essa que ouvi ontem não me incomodou nem um pouco. E outra, tanto a música como o clip se assemelhou muito á de artistas americanos.
Essas reportagens foram com cantores de Funk. E todas elas me fizeram parar para pensar em algo: “Será que este Funk ostentação é tão problemático assim?”. Penso que não. Uma boa parte canta uma realidade que lhe condiz, ou que o mesmo sonha. Não passa muito disto. E fora dos palcos… Pessoas comuns, com famílias, sonhos, perspectivas, nada diferente de nenhum de nós. Quanto a sua histórias de vida, uma mais bela que a outra. Hoje vi do MC Guime, e já vi do Nego do Boreu e também do MC Gui. Tenho visto que julgá-los é um erro tremendo.
Temos ainda problemas com letras que incitam violência, drogas e sexo, mas isso não é um problema do funk. Veja este trecho da música In da Club do 50 Cent: “Você pode me achar no clube/Garrafa cheia de bud/Mamãe, tenho o que você precisa/Se você é chegada em drogas/Eu curto sexo, não curto essa coisa de fazer amor/Venha me abraçar, se quiser transar”. Muito poético. Agora este trecho da música do MC Gui: “Sonhar, nunca desistir/Ter fé, pois fácil não é e nem vai ser/Tentar até se esgotar suas forças/Se hoje eu tenho quero dividir/Ostentar pra esperança leva”. É muito mais filosófico e ensina muito mais. Vejo uma grande influência cada dia mais. Lá os cantores para se expressar eles usam Hip Hop, e aqui usamos o Funk.
O que quero aqui dizer… O Funk é um estilo musical. Se é mal visto, ou mal interpretado pelos seus ouvintes, penso que a culpa não é do cantor. Julgar é muito simples. Agora… O que há por traz dessa ostentação toda? Somente mais um brasileiro, batalhador e que não desiste nunca. Muitos outros estilos musicais pregam coisas ilícitas, e temos muitas outras profissões que ganham bem mais do que mereciam. Então não jogue a culpa de suas insatisfações no Funk. Nosso país é injusto e violento e a culpa disto não é do Funk mas sim do próprio povo juntamente com o seu governo.

As letras foram consultadas no site de letras Vagalume.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Melhor o Luto!

            Hoje na aula de Antropologia Filosófica lendo o livro do Ernst Cassirer (Ensaio sobre o Homem) o professor destacou uma parte donde o autor diz sobre o medo do homem no que diz respeito à morte. Na hora eu quis fazer uma participação na aula mas acabei guardando para mim e exponho aqui a minha reflexão.
             Será porque o homem tem tanto medo da morte? Já vi casos que haviam pessoas que prestes a morrer estava em uma alegria sublime, como se ao invés de estar acabando, a vida na verdade estivesse apenas começando. Em contra partida há pessoas que frente a um simples resfriado já se preocupam absurdamente com o terrível fim da vida. O que difere esses dois tipos de pessoas? Sempre que vi casos com as primeiras pessoas a devida felicidade era atribuída a apenas uma coisa. A certeza da salvação em Cristo. Já na segunda, penso que o principal medo é que a morte talvez seja a única coisa que é inevitável ao homem, e frente a isso as pessoas sentem esse medo, pois sabem que por mais que possam adiar, ou pelo menos tentar, uma hora seu fôlego de vida irá cessar.
            No caso da primeira pessoa realmente morte é algo que não é visto com muito temor, considerando que para o verdadeiro cristão a eternidade é o que se deve esperar depois de uma vida cheias de aflições (João 3.16 e 16.33). Vi à alguns dias atrás no Facebook uma imagem de um cristão sendo levado para ser enforcado, mas algo nele era interessante ressaltar. O semblante era de completa alegria. Estava com um sorriso estampado no rosto, como quem dizia: “Eu sei para onde vou!”. Cristão não pode temer a morte. Deve temer ir para a eternidade sem fazer a obra de Deus como deveria ser feita aqui na terra.
          Agora uma pessoa que teme a morte. Penso eu que deve ser algo realmente com o que se deva preocupar. O que será depois? Para aonde vou? Não há ninguém que pode responder essas questões e outras que são implicadas neste tipo de situação. Há céu? Há inferno? Há Deus? Quem é cristão tem plenas respostas para todas essas perguntas, mas quem não é? Isso é algo realmente amedrontador. Assusta. Que fim terreno inevitável é este que não se sabe o que haverá depois? Alias, haverá um depois? Para que viemos aqui? Como responder isso? Não sei. E desconheço qualquer possibilidade de alguém responder. Mas uma única resposta é certa. A morte existe e ela virá! Para todos!
          Você aí! Cristão ou não, faça com que a sua vida valha a penas por aqui. Não sei se acredita no céu, no inferno, ou em qualquer outra coisa, mas é completamente ilógico pensar que não há algo melhor ou que não haja algo depois desta complicada vida terrena. Então haja bem, faça que sua vida seja boa, para que você não venha a pagar por males que aqui foram praticados. Para os meus irmãos cristãos, sei que nos veremos na eternidade. Mas sendo ou não sendo cristão, ficam estes versículos de Salomão, que ilustra muito bem tudo o que aqui foi dito: “Melhor é a boa fama do que o unguento precioso, e o dia da morte, melhor do que o dia do nascimento. Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquetes, pois naquela se vê o fim de todos os homens; e os vivos que o tomem em consideração. Melhor é a mágoa do que o riso, porque com a tristeza do rosto se faz melhor o coração. O coração dos sábios está na casa do luto, mas o dos insensatos, na casa da alegria.” Eclesiastes 7.1-4.

sábado, 4 de abril de 2015

Such a lonely day*

           Hoje fui trabalhar, mas devido à uma tentativa de arrombamento a porta do meu trabalho não abriu, fazendo com que as aulas fossem suspensas. Eu e uns professores saímos para beber alguma coisa e conversar um pouco. Depois disso saímos e fomos embora. Cada um foi para o seu canto e eu fui para o ponto de ônibus. No dado momento que o motorista não parou no ponto eu fui caminhando para pegar o próximo ônibus em outro ponto. Ali caminhando olhei para o lado e estava o Parque Municipal de Belo Horizonte, e até pensei em caminhar no parque. Essa ideia passou, pois além do cansaço eu estava sozinho. Aí pensei… Porque nos sentimos tão sozinhos? Porque precisamos tanto de afeto?
           Fui pensando nisto. Mesmo estando com muitas pessoas a minha volta, eu ainda me sinto sozinho as vezes. Não tive experiencias sentimentais tão sucessivas assim, e me sinto sozinho neste sentido da palavra. Falta de afeto, falta de alguém. Trabalho e estudo muito, e sei que dificilmente conseguiria ter um relacionamento que fosse completamente agradável, mas ainda sim, a falta não é uma coisa que se consiga controlar. E eis aí o motivo do meu questionamento.
           Trabalho, tenho amigos, estudo, tenho uma ótima família (apesar do momento não ser dos melhores), tenho o grandioso cuidado de Deus sobre mim, mas ainda sim, há momentos em que a solidão vem. Pensando de uma forma científica, biológica ou até mesmo psicológica, talvez a falta de afeto possa causar tanto incomodo assim devido à nossa concepção. Ficamos durante nove meses no ventre de nossas mães e depois de nascer nós ainda necessitamos do toque da mãe. O que pode comprovar isto é um experimento que uma professora de Psicologia citou em sala de aula. Em um certo berçário as crianças eram colocadas em seus devidos berços e suas mamadeiras eram colocadas em suportes. Boa parte das crianças morriam. Mesmo agasalhadas muitas vinham à óbito. Até que certo dia resolveram parar de dar a mamadeira para as crianças desta forma, mas sim com as enfermeiras segurando as mesmas no colo. Depois disto nenhuma criança mais morreu.
           Outra forma de vemos o porque da nossa solidão, é pensando de forma religiosa. Como diz o relato Bíblico em Gênesis no capítulo 2 versículo 18, Deus diz que não é bom que o homem esteja só. Com isso veio Eva para que os dois possam se tornar uma só carne. Não sabemos claramente se a “solidão” incomodava Adão. Mas quando ele foi criado já haviam os outros animais. Podemos supor, que um ser pensante como era ele, pelo menos deveria ver as espécies com os seus devidos pares, e ele ali sozinho sendo o único de sua espécie.
           Seja como for... Ainda não entendo com clareza o que motivo da falta de alguém ao nosso lado (no sentido amoroso), pode ás vezes fazer tanta diferença. Podemos ser completamente felizes sem ter uma(um) namorada(o). Mas será porque o fato de ter nos deixa tão felizes e seguros?
           Não tenho ainda uma resposta clara para o assunto, e para falar a verdade, nem sei se preciso ter. Só sei que ultimamente estou me sentindo bastante sozinho e isso pode me ajudar a encontrar a resposta. Ou também não. O jeito é orar e pedir para que o caminho seja iluminado.

*Referência a música Lonely Day do System of a Down