domingo, 31 de julho de 2016

Voz

Ahh a voz que grita!
Em minha mente ela fala muito alto!

Tento abafar com a minha voz!
Voz da garganta, porém
não posso competir!
Disputo e não consigo vencer!
Ela grita muito alto!

Não consigo então me calo!
Voz da garganta, porém
é ensurdecedor!
Disputo e não tenho vitória, mas
deixá-la gritando sozinha também é
incomodo.

Tento conversar com ela!
Confessar que não consigo vencê-la!
Poxa! Devemos caminhar juntos!
Sem batalha, mas sim devemos ser companheiros.

Então um acordo e tudo bem!
Conformidade entre as duas!
No meu coração encontro paz,
e em meio a tormenta o meu ouvido agradece o
silêncio

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Forjado de Bom Caráter*

Bem ontem** eu estava conversando com uma pessoa que admirava a tempos, porém apenas de uns dias para cá que eu passei a ter mais contato. Uma conversa muito agradável e produtiva… Permeou por família, estudo, trabalho e relacionamentos. Assunto que tanto eu quanto ela gostamos de falar (ela me disse que gosta). Nessa eu lembrei várias coisas e que acabei por lembrar um questionamento que sempre pairou sobre a minha cabeça. Para variar é uma dúvida um pouco pessimista, mas lá vamos nós!!!
Desde pequeno eu sempre fui mais ligado à minha irmã do que ao meu irmão, e além de permanecer hoje, eu também tenho mais amigAs do que amigOs. Nisso eu sempre estava perto da minha irmã e de suas amigas. Via seus assuntos, não necessariamente todos me interessavam, mas eu ali permanecia. Resultado disso é que hoje eu sei muito de maquiagem e essas coisa. Muito, MUITO mesmo… Sei o que é um monte de artefatos e até como são usados (ps. nunca usei ou quis usar). Mas havia algo que sempre me chamava atenção. Era as “paixonites” que ela tinham. Não compreendia muito bem as coisas é claro, porém eu via o que elas buscavam dos garotos, o que elas esperavam que eles fizessem, o que as deixavam felizes (felicidade=gritos histéricos com afirmações do tipo, “Que fofo!”, “Que lindo!” e por aí vai). Não conseguia discernir exatamente o que era, mas só pensava: “Eu tenho que ser esse tipo de homem, que alegra as mulheres e que atenda a essas expectativas.”.
Claro um pensamento infantil e até mesmo inocente, mas ainda sim vivia (e vivo) buscando esse objetivo. Então fiz todo esforço do mundo para não ver as mulheres como objetos, para respeitá-las, tentar agradar de todas as formas possíveis… Cartas, desenhos, composição de músicas, pequenos presentinhos simplesmente por saber que a pessoa gosta, chocolate e por aí foi… Não deu tão certo assim não.
Agradeço a Deus, pois essa forma de pensar me deixa feliz comigo mesmo. Claro! O objetivo inicial era somente agradar as mulheres, porém isso me faz sentir melhor hoje. Já demonstrei em algumas postagens aqui neste blog a minha insatisfação perante as atitudes masculinas corriqueiras (Estupro, Princípio e Comer com os olhos)… Então hoje é bom ser esse homem que sou, é claro, não me vejo com olhos tão bons como ouço as pessoas falando sobre mim, mas devo reconhecer ainda, que faço parte de um grupo chamado de “minoria” ou “exceção”.
Mas eis o meu questionamento principal… Parece que as mulheres não querem um homem assim… Em toda a minha vida eu fui o “Homem”! Aquele que abre a porta, que diz “Primeiro as damas”, que convida para sair e faz questão de pagar a conta, presenteia, tenta fazer com que os presentes sejam únicos e especial… Claro “ser homem” não se resume a isso, e também agir assim não faz com que eu me sita mais ou menos “Homem”. Gosto de ser assim, como já disse.
Dessa forma eu fico pendendo entre duas respostas… Ou realmente nenhuma garota se interessou por mim, ou as que tiveram esse interesse nunca me contaram. Pela minha autoestima não consigo pensar muito na segunda responta, ou seja, fico com a primeira. Muitas, MUITAS, garotas em especial falam comigo que eu sou diferente, sou para casar e etc… Mas e aí??? Nenhuma disse, “Quero namorar contigo, porque é diferente.”, ou algo parecido. Ressalto outra coisa, não quero dizer que toda garota que me elogia tem que me querer (se é que me entende), mas não consigo não me questionar. Ouço muitos elogios. MUITOS!!!! Porém, sempre me elogiam para as outras. “A garota que se casar com você, será muito feliz!”, mas e se a garota fosse você? Sempre tive em minha mente, “Eu sou o homem! Eu que tenho que me declarar!”. Me declarei várias vezes e…
Então fico me perguntando… Ouço as músicas “Homem de verdade” e “Conselho de amiga” da Marcela Taís… Fico ouvindo, me identificando (com a primeira), e vendo a relação entre elas. Na segunda vê se a ação de um cara que não é um “Homem de verdade”... Mas as vezes parece que só a Marcela que quer um “Homem de verdade”. Ou então… Talvez eu não seja esse homem de verdade, ou então não o dito cujo que as garotas buscavam.
Essa postagem… Um desabafo, um grito, uma choradeira, mas é verdade. E dentre muitas é a que mais paira neste coração masculino que ficou no século passado e aguarda um momento que alguma dama irá buscá-lo de volta. O nome dela eu não sei… “Mas já o escrevi dentro de mim.***. Será que busco ou será que eu aguardo? Busquei muito, com isso acho que é a hora de esperar um pouco. E se ela não vier? Isso eu não sei responder. Respondo que a resposta está N’aquele que responde, e tudo no seu devido tempo... É assim que estamos aqui debaixo do sol, em tempos de ajuntar pedras e tempos de afastar pedras...

* Trechos e menções à música "Homem de Verdade"
**  Postagem escrita no dia 15 de Julho
*** Paráfrase de um trecho da música "Espera por mim" também da Marcela Taís

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Perda e encontro

Caminhava eu sozinho...
Não havia som, animais racionais o não,
Estava tudo assim,
vazio...

Sem conversa, ou diálogo,
Nem um totem para que eu trocasse palavras,
Não havia música, que encantasse,
Ficou tudo assim,
vago...

Assovio havia, apenas o meu...
Ele caminhava pelo ar, procurando algo,
Significado é o que minha música buscava,
O assovio ficou assim,
ao léu...

Caminhou comigo, a minha música...
Luzes passavam em minha mente,
Dúvidas pairavam e incerteza tinha,
Sobre as luzes digo assim,
Admiração,
havia...

Enfim! Um retorno!
O assovio voltou,
Será de onde?
E eu fiquei assim,
Na solidão coloquei,
um ponto...

Não estava sozinho!
Segui o som, guiando-me pelo volume
Até que encontrei de onde vinha,
Caverna!
É de lá que está aquele que assim me deu,
retorno...

Não entrei!
Chamei de fora...
Assoviei!
Voltou!
Não um novo... O mesmo!
Fiquei assim, nada
encontrei...

Assoviei, voltou assovio
Falei, voltou a fala
Estava sozinho.
O que lá havia?
Se apresentou assim,
eco...

Acordei!
Percebi!
Agora sei quem está lá dentro!
É muito bom!
Assim fiquei,
estabilizei...

Acabou o breu!
Não estou mais sozinho!
Caminhou comigo!
Viveu comigo!
Já sei com quem converso,
Quem me acompanhará e ajudará
Assim descobri o que eu tinha,
eu!

Sorri! Andei! Cantei e por fim...
vivi e sim!
Finalmente encontrei a mim!

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Um dia nasce...

Bem… Mais uma vez aqui estou para falar sobre Os Arrais.
Este blog é cheio de referências e menções a estes artistas e sobre suas canções. São os meu cantores prediletos. Acompanho as postagens, entrevistas, assisto vários vídeos no Youtube, busco saber o significado das músicas, ligações e etc. Comumente chamaríamos uma pessoa que se comporta assim de “fã”. Não nego essa alcunha, mas na verdade sou um imenso admirador, desses dois artistas. Além de acompanhar o seu trabalho musical eu vi que de certa forma, eles acompanham a minha vida. Com mensagens, canções que me confortam, me ajudam e quando não respondem, apontam o caminho para as respostas, ou então, para novas perguntas (em boa parte das vezes).
O que me impressiona é que vendo esse culto que chamamos de “show” a sensação que fica é aquela quando você se depara com algo tão bom, tão magnífico, que, de tão estupefato que fica você gostaria que todo mundo visse aquilo, sentisse aquilo da mesma forma sentida por você e ainda que o significado e as lições apreendidas por você naquela experiência fossem as mesmas para a(s) pessoa(s). Assim que foi e é assim que é em todas as apresentações que vi dos irmãos Arrais. E não conheço ninguém que falasse algo diferente disso.
Em todas as apresentações que fui até então, algo muito especial aconteceu. Na primeira em um Pocket na livraria Fnac aqui de Belo Horizonte, eu pude comprar o CD Mais, que não encontrava em lugar algum, e como se não bastasse comprar o mesmo e ver a apresentação, ainda pude pegar um autógrafo dos Arrais e tirar um foto com o Leonardo Gonçalves. “Dia sublime, tão sublime”* aquele. Na segunda oportunidade a situação em si foi o especial, a forma que aconteceu, o momento em que vivia, já relatei esta mesma aqui no blog anteriormente (confira clicando aqui). E esta última apresentação? O que houve de especial neste dia 06 de Julho de 2016?
Além das diferenças que através do seu Instagram Oficial foram respondidas (veja clicando aqui), o que houve de mais? Aliás de maneira subjetiva! Para mim o que foi especial? Um enorme conjunto de coisas!!! Primeiro as pessoas que comigo estavam! No show nem conversamos direito! Claro todos prestando atenção no espetáculo. Mas foram muitos amigos! Nas anteriores eu estava sozinho, mas nesta, tive a certeza de compartilhar com pessoas que gosto e admiro esta mesma sensação maravilhosa que é ver esses cantores ao vivo. Saber que “os lampejos da beleza desta vida”**, nesta noite não “caíram no chão por entre os dedos”**. Certeza esta que ali compartilhei sentimentos que por palavras não são expressos. 
E de todos, o principal elemento do show que encantou a mim (e provavelmente a todos que lá estavam), são as mensagens!!!! Podemos ver como Deus é bom e usa aqueles que são seus para a sua maravilhosa obra! Com canções maravilhosas como as compostas por eles, só subir no palco e cantar já bastaria. Nem “Boa noite!” precisaria! Ainda sim, além de nos encantar e emocionar com suas canções, nos edificam com suas palavras e nos fazem rir (bastante). Já na abertura do show eu fiquei esbabacado! Sim! Não tive tempo de ter reação! Ouvir a canção, a banda, ver as luzes… Mas como se não bastasse essas maravilhas que nos encantam deste lado do trovão, o Tiago e o André Arrais ainda resolver falar. Falaram sobre suas vidas cotidianas, profissão, família, situações, motivos e inspiração para as músicas… No final das contas o que fazem é uma pregação. Há cristãos mais fervorosos de determinadas denominações que falariam que foi uma mensagem “forte”! E neste momento não consigo pensar de outra forma mesmo. FORTE! Te confrontam, te faz pensar em coisas que nunca havia pensado, com isso, ali mesmo, você já começa a repensar os seus costumes, hábitos, manias e outras coisas que faz no meio religioso cristão. O melhor é que levanta a pergunta mas não responde, e assim diz: “Também estamos em busca de significado!”. Não há resposta mais bela que esta! Não se vê contradição entre o cantado, o falado e o vivido. E nos resta a plena certeza que mesmo de forma imperfeita (porque é isso que somos) o nome de Deus está sendo glorificado.
Deus em sua Infinita Bondade e Soberania escolheu me abençoar de várias formas e uma delas, que dentre muitas tem feito uma grande diferença, são as canções dos Arrais. Como os mesmo pediram… Me lembrarei que sou amado por Deus e vivendo nesta certeza, abrirei as velas da embarcação, tendo viva a esperança que nos encontraremos todos na outra margem do rio, onde comeremos na mesa do Rei.

* Trecho da música Sublime do Leonardo Gonçalves
** Trechos da música Dia

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Tanto bate quanto pulsa...

Coração!

Tanto bate quanto pulsa

Colhe, planta
Sorri, chora

Tanto bate quanto pulsa

Floresce, seca
Transparece, oculta

Tanto bate quanto pulsa

Cai a folha
Surge a fruta

Tanto bate quanto pulsa

Ás vezes cala
Ás vezes grita

Tanto bate quanto pulsa

Ás vezes olha
Ás vezes disfarça

Tanto bate quanto pulsa

Enfim
Se encantou

Não bateu, só pulsou!