Eu sou uma pessoa que ama a natureza. Vivo por aí andando e admirando tudo de belo que existe neste mundo. Vivo olhando para o alto, tirando fotos e etc.
Ultimamente eu não tenho tido mais essas observâncias. Muito tempo ligado em redes sociais, usando o celular constantemente dentre outras coisas. Às vezes leio algumas coisas no Facebook e fico extremamente triste e irritado. Converso com pessoas maravilhosas, mas a falta de contato físico e perda de elementos tais como, tom de voz e olhares fazem me sentir como seu eu estivesse conversando com uma imagem, com algo ilusório. Esse contato pessoal é extremamente importante e eu pouco o tenho tido.
Com tudo isso resolvi me desligar de redes sociais e usar o meu celular o mínimo possível durante sete dias. Comecei no domingo passado e terminei hoje. O que tenho a dizer???
Foi tudo maravilhoso. Há abaixo o relato diário de como foi tudo. Não acho que resolvi a minha vida e digo que ainda não me sinto tão bem como me sentia antes (quando não utilizava muito essas redes), mas já é um avanço. Vi o como a vida é linda além da tela do meu telefone. Foram experiências maravilhosas. Não coloquei determinadas coisas no relato semanal, pois são completamente subjetivo, tais como o vento nas árvores, as plantas, as nuvens, o belo céu e por aí vai...
Senti falta de conversar com algumas pessoas! E a falta que eu mais senti foi de ouvir música, mas digo, mesmo com as belas músicas que ouço, nada se compara com o som dos ventos tomando as folhas das árvores. Sinfonia maravilhosa!
Recomendo a todos essa experiência!
Relato Semanal:
1º Dia: Foi ótimo! Em todo o momento que eu tinha um pequeno ócio olhava para o celular. Com isso percebi o tanto que o estava utilizando. Meu trabalho (obrigações) renderam muito, fiz tudo o que deveria fazer com uma diferença substancial. Parece que tinha anos que eu não ouvia o canto dos pássaros. A o lançamento da Música "Da vida, O Melhor" do Projeto Sola alegraram a minha existência. Música maravilhosa e agora no fim do dia, perdi a conta do tanto que já ouvi ela. Ganhei vários "Bom dia!", acho que isso se deve ao fato de não estar com fone de ouvido, pois com eles acho que as pessoas ficam inibidas. Uma garota muito bonita sentou ao meu lado no ônibus, com isso eu já fiquei envergonhado. Ela pediu "Licença" e eu respondi "À vontade". Acho que ela não esperava essa resposta, pois ela disse "Obrigado" depois de alguns segundos (estampando um belo sorriso no rosto diga-se por sinal). Eu disse "Disponha". Eu estava com uma imensa vontade de chupar uma bala Chita (meu pai sempre me dá um monte) que tinha na mochila. Não conseguiria pegar a bala sem experimentar. Demorei 80% da viagem até tomar coragem e pegar a bala para mim e oferecendo uma a ela. Ela com surpresa aceitou e agradeceu com outro belo sorriso. Quando ela desceu ganhei um "Tchau!". Isso me fez lembrar que nunca perdi nada sendo educado com as pessoas. ^^
2º Dia: Foi bastante comum. O dia de hoje é muito normal. Vou para o estágio e depois eu volto para casa, permanecendo aqui até o momento que eu deve ir à aula. O que houve de diferente é que ao invés de ficar em Redes Sociais eu fiz uma coisa que a muito tempo não fazia. Joguei vídeo game. Castlevania: Lords of Shadows, fez a minha alegria nesta tarde. Dormi bastante e fui acordado várias vezes de maneira extremamente graciosa pela minha sobrinha apertando meu nariz.
3º Dia: Hoje é um outro dia que normalmente não uso muito o celular ou coisa parecida, já que dou muitas aulas. Para fazer um trabalho da faculdade tive que usar o celular para tirar fotos. Amanhã terei que entrar no WhatsApp para poder baixar as fotos que o meu colega de trabalho tirou e me enviou. Também hoje precisei habilitar a internet do celular para a agenda do Google sincronizar. Apareceram dezenas de notificações, mas fui resistente e consegui não olhar nenhuma. A parte nova e boa é que no ônibus ao invés de ficar conversando eu pude ler, com isso a minha leitura do livro Cinco Pontos do John Piper está bastante adiantada. Dormir mais cedo têm sido a grande diferença. Como não fico conversando, assim que eu acabo de fazer coisas relacionadas à Faculdade ou trabalho eu vou direto para a cama.
4º Dia: O dia foi comum. Tive que acessar o WhatsApp, para salvar umas fotos de um trabalho para a Faculdade. Acabei abrindo uma conversa sem querer... Aí mandei uma mensagem para dizer o ocorrido e avisando que voltaria e que quando isso ocorresse eu leria tudo. Apenas em um aspecto a saída das Redes Sociais foi prejudicial. Não fiquei sabendo da Medida Provisória que está à ser votada. Retirará a Filosofia e outras disciplinas importantíssimas para os alunos. Na faculdade eu tive uma crise existencial muito forte. Começamos a conversar sobre o assunto. O ambiente caiu imediatamente! A mesma preocupação rondava a todos na sala. De acordo com que a conversa foi se desenvolvendo eu me perguntava seriamente: "O que eu estou fazendo aqui?". Minha vontade era de ir para casa, não tive vontade de mais nada. Acabei ficando e a parte boa é que na segunda aula pude falar da minha fé aí entendi o que estava fazendo ali.
5º Dia: Dia agradável. A essa altura já sinto quase abstinência por não estar ouvindo música pelo celular. Hoje é um dia que normalmente não uso muito o celular, já que dou muitas aulas. Pude continuar adiantando a leitura do livro do John Piper. Vários alunos do meu trabalho me procuram com uma preocupação que me surpreendeu, para conversarem sobre a reforma do Ensino Médio e todos eles pensando bastante sobre a importância da Filosofia. Me ascendeu uma esperança essa preocupação toda. No mais, meus alunos me alegraram bastante e na faculdade a aula foi ótima, com a apresentação do tal trabalho. Foi ótimo, tanto o do meu grupo como os trabalhos dos colegas. Tudo isso me fez esquecer um pouco a Medida Provisória.
6º Dia: Trabalho bastante e normalmente não uso o celular. A diferença feita mesmo foi que dentro do ônibus eu não usei (mas mesmo assim, dormi então de qualquer forma não usaria). Dia foi ótimo e o celular não fez diferença. Tudo foi maravilhoso na igreja e a presença do celular foi indiferente.