quarta-feira, 24 de setembro de 2014

O Amor



            Desde a última Sexta-feira (19 de Setembro de 2014), eu queria escrever, mas consegui um tempinho agora a pouco. Bom é para falar que um evento a qual fui convidado. Na Escola Estadual Deputado Álvaro Salles, escola a qual me formei no final de 2012. Foi criado na mesma, um evento, há alguns anos antes, por um nosso professor de Português chamado Álvaro. Talvez nem o próprio pensava nas proporções que o evento poderia tomar (tanto que nesta última edição tiveram até mesmo cobertura de repórteres do jornal O Tempo). Esse evento é chamado de Noite Romântica. Evento este cujo o objetivo é falar do grande período Literário que conhecemos como Romantismo. E é claro que o que mais se falou na noite foi sobre o Amor. Então desta forma pensei... Para mim o que é o amor? O que é esse sentimento que fascina tanto o ser humano? O que foi isso que fez o Jovem Werther atirar acima de seu olho direito por causa de sua amada Lotte? Das minhas conclusões e do turbilhão de pensamentos que tive, eis aí uma conclusão...

            Bom estive pensando... Nós temos várias definições de amor. Como assim? Digo isso por um simples motivo. Usamos essa palavra em vários sentidos, sendo essencialmente como é concebido ou pejorativamente. Até mesmo a definição do Dicionário Aurélio é um sentido outro. Vamos com exemplos. O cristão ama a bíblia, ama servir a Deus, ama seguir os seus caminhos, ama andar em conformidade com os seus estatutos (ao mesmo espera-se que). Tanto o próprio Jesus Cristo segundo nos diz o Apóstolo Mateus em seu Evangelho, no capítulo 22 nos versículos 37 e 39: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento (...) Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” Então como um cristão iria ir contra o mandamento maior falado pelo Nosso Senhor? O ateu (talvez), ame questionar, ame pegar os cristãos que não conhecem bem a palavra de Deus e discutir com eles, talvez ame viver sem Deus (o que para mim é impossível, até mesmo para aquele que O negam). Ou também os seguidores do Astrum Argentinum (criada por seguidores de Aleister Crowley), provavelmente amam a revolução sexual pregada, amam a sua libertinagem.

            Dentre outras formas de enxergar o amor... Se vemos no jornal dizendo que alguém matou outra pessoa por amor, dizemos imediatamente: “Isso não é amor!”. E se na mente doentia desta pessoa, isto para o mesmo o seja. Amor sendo dito como: “O que é meu não pode ser de mais ninguém!”. Dificilmente isso pode ser amor, pois o que predomina em nossa sociedade e dentro da nossa cultura, é a definição de amor como querer o bem do outro. Camões disse que o amor é fogo que arde sem se ver; Aristóteles nos dá três definições de amor (Filia, Éros, Ágape), dentro outros autores.

            Voltando par a Noite Romântica... Muitas foram as demonstrações de amor! Casais, músicas, poesias, poemas, diálogos, valsas... Vários autores renomados. Fernando Pessoa, Camões, Cecília Meireles, Drummond, e surpreendentemente para mim e qualquer outro no local que tinha um apreço pela leitura, especialmente por esse período, foi o aluno que declamou belamente uma poesia do Lord Byron. Mas sinceramente! O maior ato de amor daquela noite foi quando uma criança subiu ao palco, pegou o microfone e exclamou: “Quero falar o tanto que eu amo a minha mãe! Mamãe eu te amo!”. Podem me dizer o que quiser. Esse para mim foi o clímax. Aquela linda menininha, que estava saltitando e correndo para todos os lados (tal como uma criança, que é), livre de qualquer pressão, voluntariamente pediu para o Professor Álvaro o microfone e disse essas simples e belas palavras.

            Então em meio essa situação, pensei e refleti. Sou ainda muito novo, e sei que estou sujeito a mudar de opinião, mas hoje, posso dizer claramente. O Amor é a semente que está presente em todos nós, esta foi plantada por Deus, porém a qualidade da água e a quantidade cabe a nós. Essa semente do Amor florescerá em todos, e o tamanho desta árvore e a beleza das folhas e flores... Dependerá da forma a qual regarmos. Então o problema não está na definição do amor. Mas sim na forma a qual regamos a nossa pequena semente.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Comer com os Olhos

             Quem nunca ao menos uma vez ouviu essa expressão! “Comer com os olhos!”. Muito utilizada quando alguém da uma olhada bem exagerada em outra pessoa. E é sobre isso que quero falar... É algo a qual vem me incomodando há tempos, e já estava passando da hora de eu escrever algo sobre. Este dia foi hoje, a qual fui despertado a pouco quando pegava o ônibus voltado para casa.
            É o seguinte fato... As pessoas que me conhecem sabem bem como sou no que se diz respeito ás mulheres (quem não me conhece ainda irá pouco a pouco ver algumas coisas por aqui). Desde criança eu sempre tive a concepção: “Mulher deve ser respeitada!”. E assim me formei. No meu dia-a-dia me deparo com muitas mulheres, no ônibus, na rua, com companheiras de trabalho, alunas, colegas de classe... Enfim, são muitas! E uma boa parte delas são belíssimas! Mulheres realmente bonitas (respeito às mulheres e tomo o devido cuidado com os devaneios que provém da natureza masculina, mas convenhamos... Não sou cego! kk). Digo em um teor de admiração, não de desejo... Em algumas situações quando são mulheres mais bonitas que o “normal”, eu costumo ficar com um grande receio. Ao olhar para ela, fico com medo de fitar demais. Fico sem graça! E se ela olhar para mim no mesmo momento costumo ficar muito envergonhado (culpa da timidez). Ás vezes fico até mesmo com peso na consciência, por às vezes olhar demais. Mas aí eu penso: “Será que estou passando uma má impressão? Será que estou fitando-a demais? Meu olhar está sendo malicioso?”.
            Esse pensamento costuma ir embora da mente quando eu vejo o jeito que alguns homens (infelizmente nas situações que me deparo são a maioria), olham para essas belas mulheres. Fico envergonha por eles. É uma coisa de louco! Longe de querer fazer uma comparação (e peço perdão para os homens que assim procedem), mas parece um Cão faminto olhando para um Bife. São olhares tão analisadores, onde parecem tirar um Raio X da mulher (problema outro que uma boa parte tem uma aliança no dedo). Acho que deixei claro, no início, mas para lembrar... Sou homem também, e gosto de mulheres. Mas não consigo compreender esse olhar desesperado, repleto de desejos, de fome, e sabe lá o que mais.
            Não sei o que as mulheres acham sobre isso, mas hoje quando eu estava no ônibus entrou uma mulher realmente bonita. Linda!  Presenciei uma olhada, de um homem para com ela que me assustou.
            Então... Venho apenas dizer sobre essa minha inquietação! Porque olhar dessa forma? Será que não é possível olhar para uma mulher e admirar sua beleza apenas? Sem outro tipo de desejo? Ás vezes erro também! Mas digo por mim que é possível! Só que há um problema básico. Haverão alguns [homens] que dirão que não conseguem, e haverão outros que se quer irão tentar agir de outra forma. Não sei se isso cura alguma carência, mas com certeza há uma parte dos homens que preferem agir e pensar dessa forma. Por fim, cabe á nos homens, pensar e ver... Se somos assim, e se devemos mudar... O que dará não sei, mas vale a pena refletir!

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Passado pela geração

No último sábado fui assistir ao filme Os Cavaleiros do Zodíaco com um dos meus melhores amigos o Warley (carinhosamente chamado de Senpai), e com um outro grande colega de trabalho, João. Em dado momento quando fui ao banheiro após ao João, me deparei com um casal bem jovem. Digo jovem não de meia idade. Digo jovem como adolescentes se bobear até crianças. Aparentavam ter entre 12 e 14 anos de idade. Conversando depois com os dois que me faziam companhia pensei: “Como é que pode? Eles são praticamente crianças e já namoram daquela forma!?”. Mas logo após, impulsionado pelas aulas de Psicologia que tive donde falávamos de Piaget, pensei: “Será que a forma de olharmos para as crianças e para os adolescentes estão ultrapassadas?”.
Pois raciocinem comigo. Quando éramos crianças achávamos tudo normal, tínhamos as nossas brincadeiras, as nossas paixonites, e até mesmo namoricos (aqueles de andar de mãos dadas, e que um selinho já era muita coisa). E os nossos pais já diziam: “As coisas estão mudadas! No meu tempo nada era assim! Hoje em dia se pode fazer qualquer coisa!” dentre outras afirmações. E nós enquanto crianças, achávamos o nosso mundo completamente normal. E enquanto adolescentes, dizíamos que era apenas implicância dos nossos pais para conosco.
Mas curiosamente não é o mesmo que fazemos hoje? Ao ver, por exemplo, uma menina de onze anos falando que sofre por amor? Qual é o nosso primeiro pensamento? Por acaso não é este: “Ahhh, vai brincar de Barbie! Eu nesta idade nem sabia o que era gostar de alguém!”. Se não for este, pelo menos é próximo. Não digo que uma criança sabe o que é o amor (pensando bem tem alguns adultos por aí a qual ainda devem desconhecer esse sentimento), digo apenas que sabe se lá o que passa no coração e na mente desta criança. E se ela sofre de verdade? Isso não sabemos. Longe de mim tentar ser um Psicólogo ou algo do tipo. Digo apenas para pensarmos sobre. Eu quando tinha onze anos ao invés de brincar com outras crianças nas confraternizações do trabalho da minha mãe, ficava na roda dos adultos falando de futebol, de carro e de política. Penso que a nossa geração está crescendo cada vez mais! E que devemos pensar nessa separação dos estágios da pessoa. Infância dos zero aos onze, Adolescência dos doze aos dezessete e Fase Adulta dos dezoito acima. Será que essa separação se encaixa hoje?

É bom pensar sobre isso. Podemos começar aqui uma mudança no pensamento de uma nação inteira! Basta começarmos a repensar essa questão (que muitos teóricos desta área já desenvolveram há um bom tempo atrás). Se não olharmos isso de uma outra forma, continuaremos a passar isso de geração em geração. Nossos pais fizeram conosco, nós estamos fazendo com os mais jovens, e depois faremos com os nossos filhos; depois os mesmos com os teus, e assim infinitamente, até o fim da nossa existência.