No
último sábado fui assistir ao filme Os Cavaleiros do Zodíaco com um dos meus
melhores amigos o Warley (carinhosamente chamado de Senpai), e com um outro
grande colega de trabalho, João. Em dado momento quando fui ao banheiro após ao
João, me deparei com um casal bem jovem. Digo jovem não de meia idade. Digo
jovem como adolescentes se bobear até crianças. Aparentavam ter entre 12 e 14
anos de idade. Conversando depois com os dois que me faziam companhia pensei: “Como
é que pode? Eles são praticamente crianças e já namoram daquela forma!?”. Mas
logo após, impulsionado pelas aulas de Psicologia que tive donde falávamos de
Piaget, pensei: “Será que a forma de olharmos para as crianças e para os
adolescentes estão ultrapassadas?”.
Pois
raciocinem comigo. Quando éramos crianças achávamos tudo normal, tínhamos as nossas
brincadeiras, as nossas paixonites, e até mesmo namoricos (aqueles de andar de
mãos dadas, e que um selinho já era muita coisa). E os nossos pais já diziam: “As
coisas estão mudadas! No meu tempo nada era assim! Hoje em dia se pode fazer
qualquer coisa!” dentre outras afirmações. E nós enquanto crianças, achávamos o
nosso mundo completamente normal. E enquanto adolescentes, dizíamos que era
apenas implicância dos nossos pais para conosco.
Mas
curiosamente não é o mesmo que fazemos hoje? Ao ver, por exemplo, uma menina de
onze anos falando que sofre por amor? Qual é o nosso primeiro pensamento? Por acaso
não é este: “Ahhh, vai brincar de Barbie! Eu nesta idade nem sabia o que era
gostar de alguém!”. Se não for este, pelo menos é próximo. Não digo que uma criança
sabe o que é o amor (pensando bem tem alguns adultos por aí a qual ainda devem
desconhecer esse sentimento), digo apenas que sabe se lá o que passa no coração
e na mente desta criança. E se ela sofre de verdade? Isso não sabemos. Longe de
mim tentar ser um Psicólogo ou algo do tipo. Digo apenas para pensarmos sobre.
Eu quando tinha onze anos ao invés de brincar com outras crianças nas
confraternizações do trabalho da minha mãe, ficava na roda dos adultos falando
de futebol, de carro e de política. Penso que a nossa geração está crescendo
cada vez mais! E que devemos pensar nessa separação dos estágios da pessoa.
Infância dos zero aos onze, Adolescência dos doze aos dezessete e Fase Adulta
dos dezoito acima. Será que essa separação se encaixa hoje?
É
bom pensar sobre isso. Podemos começar aqui uma mudança no pensamento de uma
nação inteira! Basta começarmos a repensar essa questão (que muitos teóricos
desta área já desenvolveram há um bom tempo atrás). Se não olharmos isso de uma
outra forma, continuaremos a passar isso de geração em geração. Nossos pais
fizeram conosco, nós estamos fazendo com os mais jovens, e depois faremos com os
nossos filhos; depois os mesmos com os teus, e assim infinitamente, até o fim
da nossa existência.
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