terça-feira, 16 de setembro de 2014

Passado pela geração

No último sábado fui assistir ao filme Os Cavaleiros do Zodíaco com um dos meus melhores amigos o Warley (carinhosamente chamado de Senpai), e com um outro grande colega de trabalho, João. Em dado momento quando fui ao banheiro após ao João, me deparei com um casal bem jovem. Digo jovem não de meia idade. Digo jovem como adolescentes se bobear até crianças. Aparentavam ter entre 12 e 14 anos de idade. Conversando depois com os dois que me faziam companhia pensei: “Como é que pode? Eles são praticamente crianças e já namoram daquela forma!?”. Mas logo após, impulsionado pelas aulas de Psicologia que tive donde falávamos de Piaget, pensei: “Será que a forma de olharmos para as crianças e para os adolescentes estão ultrapassadas?”.
Pois raciocinem comigo. Quando éramos crianças achávamos tudo normal, tínhamos as nossas brincadeiras, as nossas paixonites, e até mesmo namoricos (aqueles de andar de mãos dadas, e que um selinho já era muita coisa). E os nossos pais já diziam: “As coisas estão mudadas! No meu tempo nada era assim! Hoje em dia se pode fazer qualquer coisa!” dentre outras afirmações. E nós enquanto crianças, achávamos o nosso mundo completamente normal. E enquanto adolescentes, dizíamos que era apenas implicância dos nossos pais para conosco.
Mas curiosamente não é o mesmo que fazemos hoje? Ao ver, por exemplo, uma menina de onze anos falando que sofre por amor? Qual é o nosso primeiro pensamento? Por acaso não é este: “Ahhh, vai brincar de Barbie! Eu nesta idade nem sabia o que era gostar de alguém!”. Se não for este, pelo menos é próximo. Não digo que uma criança sabe o que é o amor (pensando bem tem alguns adultos por aí a qual ainda devem desconhecer esse sentimento), digo apenas que sabe se lá o que passa no coração e na mente desta criança. E se ela sofre de verdade? Isso não sabemos. Longe de mim tentar ser um Psicólogo ou algo do tipo. Digo apenas para pensarmos sobre. Eu quando tinha onze anos ao invés de brincar com outras crianças nas confraternizações do trabalho da minha mãe, ficava na roda dos adultos falando de futebol, de carro e de política. Penso que a nossa geração está crescendo cada vez mais! E que devemos pensar nessa separação dos estágios da pessoa. Infância dos zero aos onze, Adolescência dos doze aos dezessete e Fase Adulta dos dezoito acima. Será que essa separação se encaixa hoje?

É bom pensar sobre isso. Podemos começar aqui uma mudança no pensamento de uma nação inteira! Basta começarmos a repensar essa questão (que muitos teóricos desta área já desenvolveram há um bom tempo atrás). Se não olharmos isso de uma outra forma, continuaremos a passar isso de geração em geração. Nossos pais fizeram conosco, nós estamos fazendo com os mais jovens, e depois faremos com os nossos filhos; depois os mesmos com os teus, e assim infinitamente, até o fim da nossa existência.

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