segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Intenção


Há alguns dias atrás eu estava no ônibus. Normalmente me sento em lugares que não dificultem a minha saída do transporte público. Tenho alguns costumes no ônibus. Se tiver alguma mulher de pé eu não me sento, se eu estiver sentado tendo pegar o máximo de bolsas e mochilas que eu puder levar (seja de homem ou de mulheres) e principalmente fui educado e acostumado a ceder lugares para pessoas mais velhas e idosos. Geralmente prefiro ficar em pé do que sentar nos assentos preferenciais (já me assentei algumas vezes, mas não me sinto a vontade). Parto da ideia de que todos os assentos são preferenciais, então com isso sempre que possível, dou lugares a idosos que passam para a parte de trás do ônibus.
Neste dia eu fiquei sentado no lugar compartilhado com o espaço para pessoas com cadeira de rodas. Chegou um senhor ficou de pé ao meu lado. Ofereci o lugar para ele e esse disse que não queria, que eu poderia ficar sentado. Naquele mesmo instante pensei em uma máxima de nossa sociedade que é a questão da intenção. Muito se diz que "quem quer dar, não oferece", mas eu não sei se as coisas funcionam assim.
Eu poderia muito bem ao invés de oferecer simplesmente me levantar e dizer a ele: "Sente-se!", porém isso já me deixou em situações constrangedoras. Uma vez eu levantei para dar lugar a um senhor e uma mulher quis sentar, eu precisei dizer: "Estou cedendo lugar para o senhor e não para você!". Então com isso eu prefiro hoje em dia oferecer o meu lugar do que simplesmente levantar. Mas, será que realmente ele queria ficar em pé? Ele realmente queria que eu ficasse sentado? Ou será que ele pensou: "Se ele quisesse dar lugar, não ofereceria, ficaria de pé!"?
Quando eu desci, ele ocupou o lugar que outrora eu havia oferecido. Minha dúvida aumentou. Talvez ele tenha se cansado, ou então agora ele quis sentar e antes não queria, ou pode ser que realmente o meu "Quer ser sentar?" não deu a ele muita confiança.
Desde a minha infância nunca fui de aceitar as coisas, por educação. Não me questionava se a intenção da pessoa era dar realmente ou se ela estava oferecendo por educação. Se ela queria dar ou não, eu não sabia, mas para o sim ou para o não eu nunca fui de aceitar nada. Hoje em dia eu mudei um pouco esta forma de ver, pois parto de outro princípio que se ela oferece é porque quer dar. Haverá pessoas que não querem dar é claro que há, mas por saber que será minoria, parto deste princípio. Algo parecido com a abordagem interpretativa da filosofia da Linguagem, mais precisamente com o princípio de caridade do Donald Davidson, filósofo analítico americano (mais sobre a filosofia de Davidson, clique aqui).
Não acho que é bom para nós seres humanos pensarmos que as pessoas nunca querem o bem, ou que suas intenções nunca são boas. Sabedoria é importante para saber distinguir uma coisa da outra. Generalização tanto para um lado quanto para outro não é bom. Se assumir que toda a intenção (partindo da ideia de que a intenção em si não é nem boa, nem ruim, ela é apenas um movimento para uma ação) é boa terá muitos problemas e sofrerá vários males. Se assumir que toda intenção é ruim, você não conseguirá aceitar (não apenas no sentido de aceitar um biscoito ou um lugar no ônibus, mas até um "Bom dia!", será um mau grado) nada de ninguém nunca.
A grande maioria dos sistemas de pensamentos do mundo colocam a o meio termo com algo agradável. Todo exagero é condenado. Posso falar da filosofia grega e do Cristianismo. Por exemplo a beleza exacerbada de Helena, causou a guerra de Troia (saiba como clicando aqui). No livro de Eclesiastes diz: "Não sejas demasiadamente justo, nem exageradamente sábio; por que te destruirias a ti mesmo? Não sejas demasiadamente perverso, nem sejas louco; por que morrerias fora do teu tempo? Bom é que retenhas isto e também daquilo não retires a mão;"(vs. 16-18a).
Então espere o bem das pessoas. Se alguém permitir a sua passagem, passe. Se alguém te oferecer um lugar no ônibus, aceite ou então negue com sinceridade, não porque acha que ela não quer te dar o lugar, mas sim porque realmente prefere ficar de pé, ou por outro motivo. Se esperarmos o bem o bem teremos, até se vermos uma situação má, veremos o seu bem depois.
Quem bem possa vir a vocês! E isso não depende das outras pessoas! O bem se encontra nos olhos de quem sabe ver! ;)

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

o homem e Ele


Ser altivo que a tudo procura
O que fazer? Há cura?
Permanece sem nada encontrar
E ainda não cessa de procurar

A tudo abraça
e a nada retém
Permanece seguindo a caça
ainda que não lhe faça bem.

Sabe do seu limite
e ainda que existência o risque
Permanece a sua lembrança
de ser que nada alcança.

A resolução busca
por forças próprias
Permanece a angústia
de sozinho não sair das provas.

Eis que está escrito:
"Aquilo que é torto não se pode endireitar"
Permanece o entendimento
que só Ele pode dar!

Por ele não há nada a fazer
Pobre homem, o que te custa entender?
Permanece o reconhecimento
Que tudo só Ele pode fazer.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Voar

Aqui neste blog já relatei algumas das experiências mais importantes da minha vida. Quase sempre elas estão relacionadas a música. Aliás de maneira mais específicas a cantores. Já falei aqui de duas oportunidades que tive de presenciar uma apresentação dos Arrais ("Levanta-se o Sol e Põe-se o Sol" e "Um dia nasce"). Também já disse em várias outras postagens sobre músicas que se encaixaram perfeitamente em determinadas situações. De todas as que eu mais falo é sobre a Marcela Taís (leia aqui).
Ouvi falar pela primeira vez através de um amigo, mas ouvi mesmo depois que eu entrei para o Deezer e recebi como recomendação. Ouvi o primeiro cd* e fiquei completamente apaixonado. A música “Escolhi te esperar”, foi a que mais falou comigo. Como sabem, tenho em mim um senso romântico (leia aqui) bem aguçado. Fora que esta música retrata um sentimento que tem se perpassado pelo meu coração.
Depois fui ouvir o segundo cd**. Esse sim foi arrebatador. Louvado seja Deus! Música que refletem meus pensamentos, sentimentos, história e etc. Músicas como “Moderno à Moda Antiga” e “Sou diferente” retratam muito bem meu sentimento neste mundo. Músicas como “Voar”, renovam as minha esperanças. “Homem de Verdade” eu me identifico. “Conselho de Amiga”, também me causa identificação, pois vi muitas amigas passarem por tais situações (já passei essa música para muitas meninas, como ajuda).
Mas “Espera por mim” é a música que faz meu coração estremecer e meus olhos marejarem. Praticamente tudo dessa música aconteceu comigo. No meu Facebook já postei vários status tendo esta música como inspiração. Me conforta diariamente! (Em uma outra oportunidade falarei apenas desta música, parte a parte).
Tive a incrível oportunidade de ver esta apresentação ao vivo. Algumas coisas conspiraram para que as coisas desse errado, mas o tiro saiu pela culatra, resultando em um dos coros de vozes mais maravilhosos que já presenciei na vida (veja aqui). Foi maravilhoso! Não apenas as músicas, mas as palavras, aprendi muito.
E como se não bastasse, eu estava vivendo em uma situação de confusão sentimental. Vinha a alguns meses. Uma foi resolvida, mas outra permanecia. E ontem depois do Show como se fosse uma bomba, sem que eu esperasse, BOM! Ela me manda uma mensagem inesperada que abriu o precedente da resolução do assunto. Em uma das conversas mais sinceras que já tive na vida, tudo foi resolvido e resolvemos ser amigos mesmo. Até escrevi um poema para expressar o fato (leia aqui)! Deus é maravilhoso! Como se não bastasse o show e tudo que nele houve, ainda veio e me ajudou a resolver neste dia algo que estava me deixando com a pulga atrás da orelha.
Sobre a fama das músicas da Marcela serem músicas de mulher eu prefiro ignorar. Aquelas que falam especificamente para o público feminino (Menina não vá desanimar), me ajudam a entender como as mulheres são e como devem ser tratadas. Certamente cantarei essas músicas para os meus filhos. Se menino servirá para que ele aprenda tal como eu aprendo, se menina servirá para dar o ânimo necessário que ela precisará para a sua caminhada.
Ali podendo cantar, abraçar os meus amigos que estavam ali comigo, bater palmas, e ainda poder tirar uma foto com ela, me faz cada dia perceber o quão bom Deus é e como é bom juntar as nossas pequenas alegrias.

* Cabelo Solto, 2012 | Sony BMG Music Entertainment (ouça aqui)
** Moderno à Moda Antiga, 2015 | Sony Music Entertainment (ouça aqui)

Perdoem-me pelo tanto de links, é porque são muitas referências!

Porta


A muito tempo atrás me foi dada uma chave.
Essa chave abriria a porta
que me levaria à um futuro maravilhoso.
Achar a porta certa, é o que sabe esse pobre garoto.

Muitas portas vieram.
Algumas muito belas e grandes,
outras belas, porém pequenas.
Porém a porta certa, era uma apenas.

Certo dia, com uma porta me encontrei.
Me era familiar.
Parece que já a tinha visto a muito tempo atrás,
Será o destino que a esta porta me trás?

Muitas conversas aconteceram,
Ó, magnífica porta, quantas alegrias trouxera!
Pensei comigo e vi que esta era a hora certa,
Finalmente saberia o que tanto me espera.

Minha chave eu empunhei,
Ela ainda sorridente, porém em outro tom
Me disse:
"Não erre! Não sou a porta cujo qual você tanto pede!"

Calma me disse,
E ali eu entendi!
Meu caminho eu deveria seguir,
pois outra porta haveria de vir.

Vejo no horizonte esta porta sumir,
mas a mantenho aqui comigo.
Foi um ótimo conselho que ela tinha,
Realmente um conselho de amiga.

A guardo no peito.
Me lembrarei deste momento.
Sim, para sempre irei me lembrar,
Mas principalmente, quando a minha porta eu encontrar.

sábado, 12 de novembro de 2016

Casa


Chegar em casa é:

Ver o sol mais claro
Respirar o ar mais puro
Ouvir o melhor canto dos pássaros
Ver quem você ama
Estar com seus pais
Abraçar os cachorros
Ser lambido também por esses
Desatar as sandálias
Ver o quanto é bom tomar banho
Comer a melhor comida
Receber o melhor abraço
Sentir a melhor sombra
Encontrar a melhor cama
Encontrar a melhor pessoa
Ver o futuro
Analisar o passado
Agradecer o dia
Esperar a noite
Ter descanso...

No mais, chegar em casa é ter paz!

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Ser ou não ser?

Em várias oportunidades eu já falei de um certo romantismo meu e de uma certa forma de agir que possuo. De maneira explícita na postagem Forjado de bom caráter* (clique aqui para ler). Estava pensando esses dias sobre esse romantismo e entrei em um colapso, rsrs. Explicarei o porquê.
Desde que a ideia de romantismo surgiu na literatura e na arte no século 18, o temos como uma coisa na maioria das vezes relacionadas ao amor. Culturalmente associamos atitudes tidas como “românticas” a um interesse relacional, que visa um fim, e na maioria das vezes esse é um amor mútuo, ou seja, amar e ser amado.
Eu sempre prezei por isso. Nos namoros que tive e para com as meninas que gostei. Dei chocolates, flores, presentes que agradassem ao gosto pessoal, mandei cartas e por aí vai… Mas estava eu pensando. Hoje eu faço isso com várias pessoas. Mando cartas, dou presentes e sou chamado em várias oportunidades de romântico. O problema se encontra justamente aqui. Devo admitir que eu em algumas vezes realmente fiz com certo interesse, mas também tais atitudes não foram interpretadas, pela parte oposta, como uma atitude romântica que visou a conquista, mas creio eu interpretada como gentileza. O cerne da questão é: como eu poderei demonstrar romantismo verdadeiro, sem que seja interpretado por uma gentileza, ou então, devo abrir mão deste romantismo que visa um fim e partir para um “romantismo” universal que visa somente agradar as garotas a minha volta.
Lá atrás, em uma das minhas primeiras postagens, falei sobre o amor (clique aqui para ler). Comentei sobre o livro do Goethe, e sobre o seu drástico fim. Desta vez não conseguirei não falar do Romeu que tece uma declaração maravilhosa quando vê Julieta pela primeira vez (clique aqui para ler). Quando leio isso, não consigo pensar na ideia de deixar algo tão maravilhoso assim de lado. Hoje a tarde vi o filme “O Fantasma da Ópera” com a minha irmã (versão de 2004). Tão lindo! É claro há momentos de idolatria que não concordo, mas a questão romântica é apaixonante. Outro exemplo é o livro Bíblico dos Cânticos! Que coisa maravilhosa! Com isso deixar de lado, não posso! Jamais!
Se não posso deixar de lado eu tenho que mudar então, considerando que as minhas “atitudes românticas” têm se estendido a várias pessoas. Um dia terei uma esposa (tenho esperança). Como eu a tratarei com distinção? Como eu poderei tratá-la, se o meu romantismo é comum? Não poderei também! Preciso ter algo especial para ela. Algo guardado, algo reservado, unicamente para esta que será única para mim nesta vida. É algo difícil! Prezei tanto por isso que hoje fazem parte das minhas ações comuns. E acho que esse é o meu erro. Romantismo deve vir do coração e não de uma atitude comum. Deve ser pensado, arquitetado, feito com, e em amor.
Meu esforço daqui para frente serão os seguintes: devo separar bem, gentileza de atitudes românticas; usar de gentileza quando necessário e mostrando que é gentileza; usar de romantismo quando necessário e oportuno e demonstrar que é romantismo (sim daquele que visa um fim). Aos meus amigos, eu já tenho atitudes separadas para eles, presentes e cartas. As garotas que ainda não estão classificadas, como amigas e nem como algo superior, terei que aprender a lidar, sendo apenas gentil e não romântico, a menos que eu queira que venha a ser algo maior.
Romântico, ser ou não ser? Ser! Mas não com todo mundo! ^^

"Qual o lírio entre os espinhos, tal é a minha querida entre as donzelas." Cânticos 2, 2.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Entrega

Não há necessidade de receber abraço,
mas de dar!
Não há necessidade de receber beijo,
mas de dar!
Não há necessidade de receber carinho,
mas de dar!
Não há necessidade de dar presente,
mas de dar!
Não há necessidade de receber amor,
mas de dar!
Não há necessidade de receber olhares,
mas de dar!

Em suma!
Não há necessidade de receber, mas sim
de Entregar!

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Correr...

Corro, Corro,
Vivo correndo...
Às vezes paro.

Quando paro vejo as nuvens,
Tão belas e formosas,
Elas não correm.

Vejo também as árvores,
Lindas e firmes,
Elas também não correm.

Vejo os mares,
Grandes e imponentes,
Eles também não correm.

Vejo o vento,
Simples, porém forte, ele empurra as nuvens,
Ele corre!

Nisso tudo o que penso?
Há coisas que correm e outras que não!
Para onde vou?
Para trás do vento é vaidade!

Bem... Pelo jeito...
Devo parar de correr!

domingo, 25 de setembro de 2016

"Desligamento"

Eu sou uma pessoa que ama a natureza. Vivo por aí andando e admirando tudo de belo que existe neste mundo. Vivo olhando para o alto, tirando fotos e etc.
Ultimamente eu não tenho tido mais essas observâncias. Muito tempo ligado em redes sociais, usando o celular constantemente dentre outras coisas. Às vezes leio algumas coisas no Facebook e fico extremamente triste e irritado. Converso com pessoas maravilhosas, mas a falta de contato físico e perda de elementos tais como, tom de voz e olhares fazem me sentir como seu eu estivesse conversando com uma imagem, com algo ilusório. Esse contato pessoal é extremamente importante e eu pouco o tenho tido.
Com tudo isso resolvi me desligar de redes sociais e usar o meu celular o mínimo possível durante sete dias. Comecei no domingo passado e terminei hoje. O que tenho a dizer???
Foi tudo maravilhoso. Há abaixo o relato diário de como foi tudo. Não acho que resolvi a minha vida e digo que ainda não me sinto tão bem como me sentia antes (quando não utilizava muito essas redes), mas já é um avanço. Vi o como a vida é linda além da tela do meu telefone. Foram experiências maravilhosas. Não coloquei determinadas coisas no relato semanal, pois são completamente subjetivo, tais como o vento nas árvores, as plantas, as nuvens, o belo céu e por aí vai...
Senti falta de conversar com algumas pessoas! E a falta que eu mais senti foi de ouvir música, mas digo, mesmo com as belas músicas que ouço, nada se compara com o som dos ventos tomando as folhas das árvores. Sinfonia maravilhosa!
Recomendo a todos essa experiência!

Relato Semanal:


1º Dia: Foi ótimo! Em todo o momento que eu tinha um pequeno ócio olhava para o celular. Com isso percebi o tanto que o estava utilizando. Meu trabalho (obrigações) renderam muito, fiz tudo o que deveria fazer com uma diferença substancial. Parece que tinha anos que eu não ouvia o canto dos pássaros. A o lançamento da Música "Da vida, O Melhor" do Projeto Sola alegraram a minha existência. Música maravilhosa e agora no fim do dia, perdi a conta do tanto que já ouvi ela. Ganhei vários "Bom dia!", acho que isso se deve ao fato de não estar com fone de ouvido, pois com eles acho que as pessoas ficam inibidas. Uma garota muito bonita sentou ao meu lado no ônibus, com isso eu já fiquei envergonhado. Ela pediu "Licença" e eu respondi "À vontade". Acho que ela não esperava essa resposta, pois ela disse "Obrigado" depois de alguns segundos (estampando um belo sorriso no rosto diga-se por sinal). Eu disse "Disponha". Eu estava com uma imensa vontade de chupar uma bala Chita (meu pai sempre me dá um monte) que tinha na mochila. Não conseguiria pegar a bala sem experimentar. Demorei 80% da viagem até tomar coragem e pegar a bala para mim e oferecendo uma a ela. Ela com surpresa aceitou e agradeceu com outro belo sorriso. Quando ela desceu ganhei um "Tchau!". Isso me fez lembrar que nunca perdi nada sendo educado com as pessoas. ^^


2º Dia: Foi bastante comum. O dia de hoje é muito normal. Vou para o estágio e depois eu volto para casa, permanecendo aqui até o momento que eu deve ir à aula. O que houve de diferente é que ao invés de ficar em Redes Sociais eu fiz uma coisa que a muito tempo não fazia. Joguei vídeo game. Castlevania: Lords of Shadows, fez a minha alegria nesta tarde. Dormi bastante e fui acordado várias vezes de maneira extremamente graciosa pela minha sobrinha apertando meu nariz.


3º Dia: Hoje é um outro dia que normalmente não uso muito o celular ou coisa parecida, já que dou muitas aulas. Para fazer um trabalho da faculdade tive que usar o celular para tirar fotos. Amanhã terei que entrar no WhatsApp para poder baixar as fotos que o meu colega de trabalho tirou e me enviou. Também hoje precisei habilitar a internet do celular para a agenda do Google sincronizar. Apareceram dezenas de notificações, mas fui resistente e consegui não olhar nenhuma. A parte nova e boa é que no ônibus ao invés de ficar conversando eu pude ler, com isso a minha leitura do livro Cinco Pontos do John Piper está bastante adiantada. Dormir mais cedo têm sido a grande diferença. Como não fico conversando, assim que eu acabo de fazer coisas relacionadas à Faculdade ou trabalho eu vou direto para a cama.


4º Dia: O dia foi comum. Tive que acessar o WhatsApp, para salvar umas fotos de um trabalho para a Faculdade. Acabei abrindo uma conversa sem querer... Aí mandei uma mensagem para dizer o ocorrido e avisando que voltaria e que quando isso ocorresse eu leria tudo. Apenas em um aspecto a saída das Redes Sociais foi prejudicial. Não fiquei sabendo da Medida Provisória que está à ser votada. Retirará a Filosofia e outras disciplinas importantíssimas para os alunos. Na faculdade eu tive uma crise existencial muito forte. Começamos a conversar sobre o assunto. O ambiente caiu imediatamente! A mesma preocupação rondava a todos na sala. De acordo com que a conversa foi se desenvolvendo eu me perguntava seriamente: "O que eu estou fazendo aqui?". Minha vontade era de ir para casa, não tive vontade de mais nada. Acabei ficando e a parte boa é que na segunda aula pude falar da minha fé aí entendi o que estava fazendo ali.


5º Dia: Dia agradável. A essa altura já sinto quase abstinência por não estar ouvindo música pelo celular. Hoje é um dia que normalmente não uso muito o celular, já que dou muitas aulas. Pude continuar adiantando a leitura do livro do John Piper. Vários alunos do meu trabalho me procuram com uma preocupação que me surpreendeu, para conversarem sobre a reforma do Ensino Médio e todos eles pensando bastante sobre a importância da Filosofia. Me ascendeu uma esperança essa preocupação toda. No mais, meus alunos me alegraram bastante e na faculdade a aula foi ótima, com a apresentação do tal trabalho. Foi ótimo, tanto o do meu grupo como os trabalhos dos colegas. Tudo isso me fez esquecer um pouco a Medida Provisória.


6º Dia: Trabalho bastante e normalmente não uso o celular. A diferença feita mesmo foi que dentro do ônibus eu não usei (mas mesmo assim, dormi então de qualquer forma não usaria). Dia foi ótimo e o celular não fez diferença. Tudo foi maravilhoso na igreja e a presença do celular foi indiferente.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Olhar


Depois de um tempo, aqui retornei para escrever algo. Já disse aqui várias vezes que eu não faço muito esforço para escrever. Às vezes passo um tempo sem que nada me passe pela cabeça e diga “tenho que escrever”, mas há momentos que vem e eis-me aqui. Hoje, 12 de Setembro de 2016 é o vigésimo sexto aniversário de minha irmã. É um dia importante para mim já que eu a amo e somos muito próximos! Com isso fui eu comprar para ela um presente em determinado momento do meu dia. Essa ida me fez ver algo bem diferente e resultou o pensamento para a escrita desta postagem.
É algo que sempre pensei e até mesmo sem perceber posso ter dito em algum escrito por aqui. Em dado momento eu estava aguardando para atravessar a rua. Neste instante apareceu uma pessoa do meu lado extremamente grande. Para ser mais específico era um homem, aparentando ter os seus vinte e cinco anos mais ou menos. Digo que ele era extremamente grande devido a sua estatura. Minha altura é de um metro e oitenta e cinco centímetros. Analisando apenas com o meu olhar, o topo da minha cabeça ficaria nos ombros deste cidadão. É óbvio que perante essa situação qualquer um olharia com surpresa, tal como eu olhei quando vi, mas o problema não é este e sim outro.
No momento que o sinal abriu ele passou por mim. Neste instante percebi um olhar muito estranho direcionado a ele. Não foi um mero olhar de susto, como se dissesse: “Nú que cara alto!”. Foi um olhar de desprezo, de depreciação. Além da sua altura demasiada ele era bem estiloso (ao meu ver). Usava um boné, barba, cabelo com tranças (aquelas características de Rappers) e sua roupa era tal como a de uma pessoa pertencente à “tribo” do Hip-Hop. Continuando a caminhada - ele permaneceu à minha frente - os olhares se repetiam de maneira absurda. Não sei se eu teria termos para expressar o quão ruins eram aqueles olhares ou dizer a quantidade dos que o atacavam desta forma. Tenho dificuldades em perceber o que me assustou mais, se foram o número de olhares ou se foi a forma comum em todos. É como se houvesse uma face maléfica personificada em todas aquelas pessoas de tão parecido que era a forma de olhar. Jovens, velhos, mulheres, homens… Todos com a mesma face.
Isso me preocupa muito pois sei o que é ser esse alvo. Eu na minha adolescência tinha um estilo bem puxado para o Rock N’ Roll. Se bem que em momentos tinha uma atenuação no Metal ou até no Black Metal. Eu andava na rua e contemplava essa mesma face. Como disse! A mesma feição em pessoas distintas. Parecendo uma alucinação tal como a de um filme de terror. Aqueles que a pessoa está na rua e que de repente todo mundo está com a mesma face. Exatamente a mesma coisa! Pode ver também o Clipe "Going Under" do Evanescence que verá sobre o que eu digo. Eu não precisava olhar para as pessoas para saber que me olhavam. Eu sentia cada olhar, cada julgamento, cada pensamento mau, cada preconceito. Você consegue ver relatos de pessoas negras falando disso e também mulheres falando disso quando passam em um local cheio de homens (já falei sobre isso em Comer com os Olhos).
Vejo isso com uma aversão sem igual! Já senti na pele e é muito amargo esse gosto. Não há fruto nesta terra que amargue tanto quanto receber esses olhares. Você vê o peso do jugo das pessoas. Já presenciei várias vezes e fico indignado por várias motivos. Primeiro, pois não consigo fazer nada. Segundo, por ter ideia do que é passar por isso. Terceiro, por ver que isso está intrínseco a nossa cultura, pois são várias pessoas que fazem isso. Por último e sendo um dos que mais me assusta, é o fato das pessoas fazerem isso deliberadamente sem expressar nenhum tipo de preocupação com o que o outro possa estar sentindo, e eu tenho uma certeza. Provavelmente se alguém falar com esta pessoa, ela irá desconversar e dizer que não é nada disso, que só ficou admirada por detalhe X ou Y desta pessoa. O problema todo é que os olhos, com este olhar inicial, expressa todo o preconceito e perversidade que há no coração desta pessoa.
Jesus Cristo foi julgado inúmeras vezes na terra. Uma em específico é quando Jesus cura um endemoniado e é acusado pelos fariseus de realizar tal feito em nome de Belzebu e não pelo nome de Deus (Mateus 12, 12-32). Neste momento há algo muito importante dito por Jesus: “Porque a boca fala do que está cheio o coração.” (vs. 34b). Aqui falamos do não dito. O falar com os olhos. Como fica então? Encontramos outro dito que de Cristo se encaixa mais especificamente: “São os olhos a lâmpada do corpo.” (Mateus 6, 22-23). Se os olhos forem bons todo o resto será, e consequentemente se forem maus…
Desta forma considerem o que digo. Esse comportamento é inadmissível para um cristão, mas também para quem não é, considere pois as palavras de Cristo. Se você não crer que Ele é o Deus encarnado, veja esses ditos como algo de um homem sábio que também foi. Não olhe com desprezo para as pessoas. Se não consegue mudar o seu olhar não olhe então. Desvie! Você evitará um sofrimento grandioso para alguém. Tente mudar o seu olhar e o seu coração! Você pode dizer assim: “Mas eu não falei nada!”, mas é importante saber que não disse com a boca, mas o fez com os olhos e neste tipo de situação, um olhar é pior do que qualquer coisa que possa dizer. Cuidado, pois os olhos podem ser uma arma muito mais danosa do que os lábios.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Incômodo

Bem… Olá! Lá venho eu outra vez escrever algo sobre minha mente e sobre o meu coração. Se ver bem as últimas postagens todas elas tem uma linha comum. E esta não destoa não, muito pelo contrário, colabora e muito. Aliás, talvez eu nem deva dizer “colabora”, mas sim “expõe” mais coisas. Muito parecido com a postagem anterior (Forjado de Bom Caráter*), essa também diz sobre minha vida sentimental e sobre a crise existencial que têm perpassado os meus dias.
Já falei algumas vezes que o “Escolhi esperar” é mais difícil na prática do que no pronunciamento, traduzindo, falar é mais fácil que fazer (ou esperar). Eu desde que me entendo por gente (isso quer dizer quando comecei a tomar minhas decisões e pensar no futuro, e por sinal isso aconteceu de maneira bem precoce, eu tinha mais ou menos onze ou doze anos), eu sempre pensei no namoro como o único relacionamento que eu deveria e queria ter. Dizendo de outra forma, eu nunca fui da pessoa de ficar, ou namorava ou nada. É fato que eu desde sempre firmei o meu grande sonho da vida na constituição familiar (casar e ter filhos), mas eu nunca pensei em namorar somente garotas que eu queria ter como esposa. Pensava no namoro como algo sério, mas não tinha em mente as questões do “namoro com propósito” como dizem por aí. Então até aqui temos, durante toda a minha vida foi “ou namora ou nada”, sempre quis casar mas não pensava (ainda) no namoro como um início deste planejamento e desde sempre eu pensei na relação sexual como algo que eu praticaria apenas depois de casar.
Hoje, tenho algumas diferenças de pensamento. Na verdade algumas agregações de pensamento. Antes: “Quer ficar comigo? Só se for para gente namorar!”; Hoje: “Quer ficar comigo, só se for para gente namorar! E se for para namorar comigo, só se for pensando em casamento!”. Em suma o meu problema antes era só com o “ficar por ficar”, mas não ligava muito para o “namorar por namorar”, hoje em dia nem um, nem outro.
Disse isso tudo para chegar aonde? Basicamente o que eu quero dizer é que sempre me dei bem com a “espera”, com a “carência”. Tive o meu primeiro namoro com quatorze anos, e depois outro apenas com dezessete. Sim” Três anos, sem ficar nem nada disso. Na vida tirando as garotas que namorei (três e eu me envergonho, pois acho muito), fiquei com duas outras, uma por pressão (amigos) e outra, pois pensei que poderia namorar.
Partimos de uma ideia comum que quando vamos envelhecendo, temos um controle melhor, sobre nossas emoções e etc. Porém comigo tem sido o oposto! Bem não devo exagerar, mas pelo menos nos últimos tempos. Eu nunca me vi com tanta dificuldade de ficar sozinho. Nunca tive tanto problema em ser solteiro. Está me incomodando cruelmente! E isso para mim é muito estranho e me incomodada de várias formas diferentes. A princípio por eu não estar sabendo lidar com a situação. Em segundo lugar, pois eu não estou aguentando tanto, que algo que converso apenas com pessoas bem próximas, estou aqui, postando em um blog totalmente público, ou seja, extrapolou tanto desta vez que eu estou vindo “chorar” minha bad publicamente (e quem acompanha o meu FB tem visto isso com mais frequência ainda). Em terceiro lugar, eu tenho uma vida complicada, sou extremamente atarefado e sei que no final das contas seria difícil namorar, mas ainda sim, fico “querendo” uma namorada, mesmo tendo em vista essas dificuldades.
Não sei o que está acontecendo! Estou com dificuldades de compreender a mim mesmo (o que também não é muito comum). Sei que é difícil para mim no momento, mas mesmo assim não me contento com o que tenho agora, que é a vida de solteiro. E o pior… Olha o quão confuso sou! Quem namorar comigo terá que aguentar essa pessoa preocupadíssima que sou. Penso muito! MUITO! MUUUUUUUUITO!!!!!!!!! E as vezes penso que é isso que tem me atrapalhado. Faço aqui um resumo das questões gerais que estão me incomodando neste sentido, mas é um bolão de coisas que em suma, dão essas que citei.
E para finalizar! Me incomodo com a minha solidão atual! Não estou sabendo lidar com isso! Sei e jamais deixarei de saber que Deus olha por mim e que tudo ocorrerá no seu tempo, e Ele sabe e tem me ouvido misericordiosamente e sabe o quanto tenho estado aflito. Nunca fiquei procurando namorada não! Mas desta vez pode-se considerar que eu esteja. Neste sentido digo. A minha procura se baseia em simplesmente conhecer a pessoa, ver se há uma correspondência de interesse e a partir daí, vejo se algo a mais surge, ponto e nada mais. Porém, e um porém bem grande, eu tenho medo de “chegar” na menina e falar isso, pois infelizmente as minhas experiências do passado me servem de barreira. XP tem me ajudado muito no Pokémon Go, mas na vida sentimental têm sido neste aspecto um algo que me segura, antes que eu goste de alguém ou antes que eu converse com a garota. Talvez as coisas se resolvam com um impulso externo. Esse “impulso externo” é o nome que eu acabei de dar para o fato de uma garota dizer algo para mim e não o contrário, porém… Não considero muito isso não (falei também na postagem anterior).
Então! O fato de não ter namorada me incomoda. O fato de eu saber que seria difícil para eu namorar no momento me incomoda.O fato de eu estar contando isso por aqui, me incomoda. O fato de eu não ter a devida coragem (devido ao meu histórico de fracassos) de conversar com alguma garota dizendo sobre algum interesse que eu tenha, me incomoda. Nenhuma garota me fala nada, Kkkkkk’ e na real isso é o me incomoda menos, pois já estou acostumado.
Aí está expressa o perrengue que passo nesta mente pequena e neste grande coração, se bem que com as muitas perguntas nem sei mais, se o que me confundo é a mente, ou o coração, talvez eu nem consiga distinguir com clareza uma coisa da outra (neste quesito). Então não tenho uma grande conclusão com uma frase bonita, me sobra aqui dizer “Obrigado” para quem leu até aqui e simplesmente do fundo do meu coração, espero que você não esteja passando por isso e se estiver não faça igual a mim. Corra, caia se preciso, levante, mas tenho certeza, que a recompensa será maravilhosa. Por que não estou fazendo isso? Já cai demais, ou seja, hoje em dia estou mais para a pessoa que fica atenta esperando a fruta cair do pé, do que a pessoa que sobre para buscar. Ps.: a blusa para acolher fruta antes que ela encontre o solo tem que ficar a postos, pois a fruta não pode cair e é dever da pessoa que a espera mantê-la segura.

domingo, 31 de julho de 2016

Voz

Ahh a voz que grita!
Em minha mente ela fala muito alto!

Tento abafar com a minha voz!
Voz da garganta, porém
não posso competir!
Disputo e não consigo vencer!
Ela grita muito alto!

Não consigo então me calo!
Voz da garganta, porém
é ensurdecedor!
Disputo e não tenho vitória, mas
deixá-la gritando sozinha também é
incomodo.

Tento conversar com ela!
Confessar que não consigo vencê-la!
Poxa! Devemos caminhar juntos!
Sem batalha, mas sim devemos ser companheiros.

Então um acordo e tudo bem!
Conformidade entre as duas!
No meu coração encontro paz,
e em meio a tormenta o meu ouvido agradece o
silêncio

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Forjado de Bom Caráter*

Bem ontem** eu estava conversando com uma pessoa que admirava a tempos, porém apenas de uns dias para cá que eu passei a ter mais contato. Uma conversa muito agradável e produtiva… Permeou por família, estudo, trabalho e relacionamentos. Assunto que tanto eu quanto ela gostamos de falar (ela me disse que gosta). Nessa eu lembrei várias coisas e que acabei por lembrar um questionamento que sempre pairou sobre a minha cabeça. Para variar é uma dúvida um pouco pessimista, mas lá vamos nós!!!
Desde pequeno eu sempre fui mais ligado à minha irmã do que ao meu irmão, e além de permanecer hoje, eu também tenho mais amigAs do que amigOs. Nisso eu sempre estava perto da minha irmã e de suas amigas. Via seus assuntos, não necessariamente todos me interessavam, mas eu ali permanecia. Resultado disso é que hoje eu sei muito de maquiagem e essas coisa. Muito, MUITO mesmo… Sei o que é um monte de artefatos e até como são usados (ps. nunca usei ou quis usar). Mas havia algo que sempre me chamava atenção. Era as “paixonites” que ela tinham. Não compreendia muito bem as coisas é claro, porém eu via o que elas buscavam dos garotos, o que elas esperavam que eles fizessem, o que as deixavam felizes (felicidade=gritos histéricos com afirmações do tipo, “Que fofo!”, “Que lindo!” e por aí vai). Não conseguia discernir exatamente o que era, mas só pensava: “Eu tenho que ser esse tipo de homem, que alegra as mulheres e que atenda a essas expectativas.”.
Claro um pensamento infantil e até mesmo inocente, mas ainda sim vivia (e vivo) buscando esse objetivo. Então fiz todo esforço do mundo para não ver as mulheres como objetos, para respeitá-las, tentar agradar de todas as formas possíveis… Cartas, desenhos, composição de músicas, pequenos presentinhos simplesmente por saber que a pessoa gosta, chocolate e por aí foi… Não deu tão certo assim não.
Agradeço a Deus, pois essa forma de pensar me deixa feliz comigo mesmo. Claro! O objetivo inicial era somente agradar as mulheres, porém isso me faz sentir melhor hoje. Já demonstrei em algumas postagens aqui neste blog a minha insatisfação perante as atitudes masculinas corriqueiras (Estupro, Princípio e Comer com os olhos)… Então hoje é bom ser esse homem que sou, é claro, não me vejo com olhos tão bons como ouço as pessoas falando sobre mim, mas devo reconhecer ainda, que faço parte de um grupo chamado de “minoria” ou “exceção”.
Mas eis o meu questionamento principal… Parece que as mulheres não querem um homem assim… Em toda a minha vida eu fui o “Homem”! Aquele que abre a porta, que diz “Primeiro as damas”, que convida para sair e faz questão de pagar a conta, presenteia, tenta fazer com que os presentes sejam únicos e especial… Claro “ser homem” não se resume a isso, e também agir assim não faz com que eu me sita mais ou menos “Homem”. Gosto de ser assim, como já disse.
Dessa forma eu fico pendendo entre duas respostas… Ou realmente nenhuma garota se interessou por mim, ou as que tiveram esse interesse nunca me contaram. Pela minha autoestima não consigo pensar muito na segunda responta, ou seja, fico com a primeira. Muitas, MUITAS, garotas em especial falam comigo que eu sou diferente, sou para casar e etc… Mas e aí??? Nenhuma disse, “Quero namorar contigo, porque é diferente.”, ou algo parecido. Ressalto outra coisa, não quero dizer que toda garota que me elogia tem que me querer (se é que me entende), mas não consigo não me questionar. Ouço muitos elogios. MUITOS!!!! Porém, sempre me elogiam para as outras. “A garota que se casar com você, será muito feliz!”, mas e se a garota fosse você? Sempre tive em minha mente, “Eu sou o homem! Eu que tenho que me declarar!”. Me declarei várias vezes e…
Então fico me perguntando… Ouço as músicas “Homem de verdade” e “Conselho de amiga” da Marcela Taís… Fico ouvindo, me identificando (com a primeira), e vendo a relação entre elas. Na segunda vê se a ação de um cara que não é um “Homem de verdade”... Mas as vezes parece que só a Marcela que quer um “Homem de verdade”. Ou então… Talvez eu não seja esse homem de verdade, ou então não o dito cujo que as garotas buscavam.
Essa postagem… Um desabafo, um grito, uma choradeira, mas é verdade. E dentre muitas é a que mais paira neste coração masculino que ficou no século passado e aguarda um momento que alguma dama irá buscá-lo de volta. O nome dela eu não sei… “Mas já o escrevi dentro de mim.***. Será que busco ou será que eu aguardo? Busquei muito, com isso acho que é a hora de esperar um pouco. E se ela não vier? Isso eu não sei responder. Respondo que a resposta está N’aquele que responde, e tudo no seu devido tempo... É assim que estamos aqui debaixo do sol, em tempos de ajuntar pedras e tempos de afastar pedras...

* Trechos e menções à música "Homem de Verdade"
**  Postagem escrita no dia 15 de Julho
*** Paráfrase de um trecho da música "Espera por mim" também da Marcela Taís

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Perda e encontro

Caminhava eu sozinho...
Não havia som, animais racionais o não,
Estava tudo assim,
vazio...

Sem conversa, ou diálogo,
Nem um totem para que eu trocasse palavras,
Não havia música, que encantasse,
Ficou tudo assim,
vago...

Assovio havia, apenas o meu...
Ele caminhava pelo ar, procurando algo,
Significado é o que minha música buscava,
O assovio ficou assim,
ao léu...

Caminhou comigo, a minha música...
Luzes passavam em minha mente,
Dúvidas pairavam e incerteza tinha,
Sobre as luzes digo assim,
Admiração,
havia...

Enfim! Um retorno!
O assovio voltou,
Será de onde?
E eu fiquei assim,
Na solidão coloquei,
um ponto...

Não estava sozinho!
Segui o som, guiando-me pelo volume
Até que encontrei de onde vinha,
Caverna!
É de lá que está aquele que assim me deu,
retorno...

Não entrei!
Chamei de fora...
Assoviei!
Voltou!
Não um novo... O mesmo!
Fiquei assim, nada
encontrei...

Assoviei, voltou assovio
Falei, voltou a fala
Estava sozinho.
O que lá havia?
Se apresentou assim,
eco...

Acordei!
Percebi!
Agora sei quem está lá dentro!
É muito bom!
Assim fiquei,
estabilizei...

Acabou o breu!
Não estou mais sozinho!
Caminhou comigo!
Viveu comigo!
Já sei com quem converso,
Quem me acompanhará e ajudará
Assim descobri o que eu tinha,
eu!

Sorri! Andei! Cantei e por fim...
vivi e sim!
Finalmente encontrei a mim!

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Um dia nasce...

Bem… Mais uma vez aqui estou para falar sobre Os Arrais.
Este blog é cheio de referências e menções a estes artistas e sobre suas canções. São os meu cantores prediletos. Acompanho as postagens, entrevistas, assisto vários vídeos no Youtube, busco saber o significado das músicas, ligações e etc. Comumente chamaríamos uma pessoa que se comporta assim de “fã”. Não nego essa alcunha, mas na verdade sou um imenso admirador, desses dois artistas. Além de acompanhar o seu trabalho musical eu vi que de certa forma, eles acompanham a minha vida. Com mensagens, canções que me confortam, me ajudam e quando não respondem, apontam o caminho para as respostas, ou então, para novas perguntas (em boa parte das vezes).
O que me impressiona é que vendo esse culto que chamamos de “show” a sensação que fica é aquela quando você se depara com algo tão bom, tão magnífico, que, de tão estupefato que fica você gostaria que todo mundo visse aquilo, sentisse aquilo da mesma forma sentida por você e ainda que o significado e as lições apreendidas por você naquela experiência fossem as mesmas para a(s) pessoa(s). Assim que foi e é assim que é em todas as apresentações que vi dos irmãos Arrais. E não conheço ninguém que falasse algo diferente disso.
Em todas as apresentações que fui até então, algo muito especial aconteceu. Na primeira em um Pocket na livraria Fnac aqui de Belo Horizonte, eu pude comprar o CD Mais, que não encontrava em lugar algum, e como se não bastasse comprar o mesmo e ver a apresentação, ainda pude pegar um autógrafo dos Arrais e tirar um foto com o Leonardo Gonçalves. “Dia sublime, tão sublime”* aquele. Na segunda oportunidade a situação em si foi o especial, a forma que aconteceu, o momento em que vivia, já relatei esta mesma aqui no blog anteriormente (confira clicando aqui). E esta última apresentação? O que houve de especial neste dia 06 de Julho de 2016?
Além das diferenças que através do seu Instagram Oficial foram respondidas (veja clicando aqui), o que houve de mais? Aliás de maneira subjetiva! Para mim o que foi especial? Um enorme conjunto de coisas!!! Primeiro as pessoas que comigo estavam! No show nem conversamos direito! Claro todos prestando atenção no espetáculo. Mas foram muitos amigos! Nas anteriores eu estava sozinho, mas nesta, tive a certeza de compartilhar com pessoas que gosto e admiro esta mesma sensação maravilhosa que é ver esses cantores ao vivo. Saber que “os lampejos da beleza desta vida”**, nesta noite não “caíram no chão por entre os dedos”**. Certeza esta que ali compartilhei sentimentos que por palavras não são expressos. 
E de todos, o principal elemento do show que encantou a mim (e provavelmente a todos que lá estavam), são as mensagens!!!! Podemos ver como Deus é bom e usa aqueles que são seus para a sua maravilhosa obra! Com canções maravilhosas como as compostas por eles, só subir no palco e cantar já bastaria. Nem “Boa noite!” precisaria! Ainda sim, além de nos encantar e emocionar com suas canções, nos edificam com suas palavras e nos fazem rir (bastante). Já na abertura do show eu fiquei esbabacado! Sim! Não tive tempo de ter reação! Ouvir a canção, a banda, ver as luzes… Mas como se não bastasse essas maravilhas que nos encantam deste lado do trovão, o Tiago e o André Arrais ainda resolver falar. Falaram sobre suas vidas cotidianas, profissão, família, situações, motivos e inspiração para as músicas… No final das contas o que fazem é uma pregação. Há cristãos mais fervorosos de determinadas denominações que falariam que foi uma mensagem “forte”! E neste momento não consigo pensar de outra forma mesmo. FORTE! Te confrontam, te faz pensar em coisas que nunca havia pensado, com isso, ali mesmo, você já começa a repensar os seus costumes, hábitos, manias e outras coisas que faz no meio religioso cristão. O melhor é que levanta a pergunta mas não responde, e assim diz: “Também estamos em busca de significado!”. Não há resposta mais bela que esta! Não se vê contradição entre o cantado, o falado e o vivido. E nos resta a plena certeza que mesmo de forma imperfeita (porque é isso que somos) o nome de Deus está sendo glorificado.
Deus em sua Infinita Bondade e Soberania escolheu me abençoar de várias formas e uma delas, que dentre muitas tem feito uma grande diferença, são as canções dos Arrais. Como os mesmo pediram… Me lembrarei que sou amado por Deus e vivendo nesta certeza, abrirei as velas da embarcação, tendo viva a esperança que nos encontraremos todos na outra margem do rio, onde comeremos na mesa do Rei.

* Trecho da música Sublime do Leonardo Gonçalves
** Trechos da música Dia

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Tanto bate quanto pulsa...

Coração!

Tanto bate quanto pulsa

Colhe, planta
Sorri, chora

Tanto bate quanto pulsa

Floresce, seca
Transparece, oculta

Tanto bate quanto pulsa

Cai a folha
Surge a fruta

Tanto bate quanto pulsa

Ás vezes cala
Ás vezes grita

Tanto bate quanto pulsa

Ás vezes olha
Ás vezes disfarça

Tanto bate quanto pulsa

Enfim
Se encantou

Não bateu, só pulsou!